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61 AutoData | Novembro 2024 para nacionalizar produtos que nós não produzíamos”. BRIDGESTONE ESPERA REEQUILÍBRIO A fabricante de pneus Bridgestone também observa uma redução na demanda por causa da entrada massiva dos pneus importados da China e de outros países asiáticos, que em alguns casos já ultrapassa os 60% do mercado brasileiro. O imposto de importação de pneus de carga, de 16%, que havia sido zerado em 2021, foi retomado em abril do ano passado, mas o mercado segue desbalanceado – exemplo disto é que há produtos importados acabados entrando no País com preço abaixo do custo da matéria-prima. Com 25% da produção destinada aos fabricantes de veículos OEM e outros 50% para o mercado de reposição Damian Seltzer, presidente da Bridgestone Brasil, diz que este é um momento importante para oferecer produtos que atendam às demandas existentes e àquelas que serão criadas com o novo ciclo de investimentos, “um dos motivos pelos quais também estamos investindo nas nossas plantas”. Com expectativa de crescimento da economia, e aumento de 16% para 25% na alíquota de importação de pneus de passeio, a Bridgestone espera por um reequilíbrio do mercado: “Estamos em constante diálogo com o governo, buscando um ambiente regulatório que promova a competitividade e o desenvolvimento sustentável da indústria nacional de pneus. Nossas solicitações incluem a busca por políticas que garantam um equilíbrio justo dos interesses dos fabricantes locais com os dos importadores, incentivando à inovação e o investimento no Brasil. Vale reforçar que não somos contra importar: apenas buscamos um ambiente de competição justa”. ZF INVESTE COM PERSPECTIVAS Carlos Delich, presidente da ZF América do Sul, tem perspectivas otimistas em mente: a produção total deverá ficar em 2,7 milhões de unidades em 2025, ou cerca de 5% a 6% sobre este ano, que no rito atual aponta para a produção de 2,5 milhões a 2,6 milhões de veículos. “O setor automotivo vem respondendo positivamente e de maneira sustentável em 2024. Somente neste ano mais de R$ 60 bilhões em investimentos foram anunciados para P&D pelas empresas do setor para ampliação de produção e desenvolvimento de novas tecnologias. O terceiro trimestre do ano apresentou melhor resultado desde 2019, período pré-pandemia. Também vale ressaltar a chegada de novas montadoras de veículos leves [BYD e GWM].” O executivo está mais cauteloso com as vendas domésticas: 2,5 milhões de unidades. Em sua visão os juros para financiamento de veículos ainda não caíram na mesma proporção que a taxa Selic, com tendência de fechar o ano em 11,75%, Divulgação/ZF “ O setor automotivo vem respondendo positivamente e de maneira sustentável em 2024. Somente neste ano mais de R$ 60 bilhões em investimentos foram anunciados para P&D.” Carlos Delich, ZF

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