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60 Novembro 2024 | AutoData PERSPECTIVAS 2025 » FORNECEDORES de importação nesses casos prejudicará em dobro a indústria local de autopeças e sistemas automotivos, que estão em momento de investimento devido às novas tecnologias fomentadas pelo Mover”. CONTINENTAL PREVÊ AVANÇO DO MADE IN CHINA Aumento da confiança do consumidor, aliado a uma certa estabilidade e redução do desemprego, são fatores que ajudarão na venda de carros, segundo Ricardo Rodrigues, diretor da unidade de negócios de sistemas automotivos da Continental no Brasil. Há clientes que falam em alta de 10% mas Rodrigues é mais conservador ao projetar avanço menor, da ordem de 5%, baseado principalmente no aumento da presença de chineses: “A tarifação deve segurar as vendas no próximo ano, mas eles pensam no longo prazo, inclusive em trazer alguns dos seus parceiros para o Brasil”. A empresa trabalha com projeção de produção de veículos leves e pesados na casa dos 2,9 milhões em 2025, com exportações dependentes da recuperação do mercado argentino. Para o diretor da Continental o avanço dos chineses é irreversível. Ele cita que Europa já sofre com isso e os Estados Unidos, mesmo criando bloqueio significativo, não poderá evitar. Ele reflete: “O movimento chinês é sem volta no Brasil. Os produtos que eles trazem beneficiam o consumidor final, mas eles não podem aniquilar a nossa indústria. O próximo passo deles é trazer os parceiros. Por isto temos de desenvolver um conceito também de parceria com a indústria local”. A preocupação da Continental é justamente ver os chineses tomando participação nos seus clientes, para os quais a companhia desenvolveu produtos, o que consequentemente pode derrubar seus volumes. Para contornar este inevitável momento a Continental investe na diversificação, como no aftermarket: “A reposição é o mercado-chave para sobreviver de uma maneira sustentável quando a oscilação do mercado for negativa”. Rodrigues ainda cita o desenvolvimento de soluções de mobilidade, como sistemas de gestão de frota, de rastreamento, digitalização, conexão com a nuvem e conceitos de inteligência artificial para predição de dados – os bancos que financiam veículos tornaram-se potenciais clientes dessas facilidades tecnológicas. Aumentar o nível de localização também é importante porque seus clientes querem comprar localmente: “Este ano foi muito positivo para aprovar a localização de novos itens, que acabam de ser lançados na Europa, por exemplo. Este intervalo, antes, era de cinco a sete anos. Agora estamos falando em até dois anos para chegar aqui. Temos conquistado o apoio da matriz [na Alemanha] para localizar, o que tem efeito bastante positivo “ Nossas solicitações incluem a busca por políticas que garantam um equilíbrio justo dos interesses dos fabricantes locais com os dos importadores, incentivando o investimento no Brasil.” Damian Seltzer, Bridgestone Divulgação/Bridgestone

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