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52 Novembro 2024 | AutoData PERSPECTIVAS 2025 » MACROECONOMIA cresce 3,1% em 2024 e, para ela, o cenário permite expansão da economia pouco maior do que a média das previsões em 2025, de 2% a 2,2%, enquanto o IPCA bate agora nos 4,8% e desacelera para 4% no próximo ano, e a taxa Selic, no mesmo intervalo de tempo, será de 11,75% e 10,5%, com câmbio oscilando pouco, de R$ 5,50 a RS 5,30. “O cenário é de aumento dos gastos públicos e da demanda e com inflação pressionada pelo reajuste de alimentos, da energia elétrica e de parte de serviços”, ela avalia, ao mesmo tempo em que não vê grande risco de disparada do dólar: “Acredito que o Brasil tem reservas internacionais suficientes, de US$ 372 bilhões, para impedir um ataque cambial, sendo que a balança comercial garante o mínimo de crescimento.” Na opinião da economista a volatilidade cambial atual reflete, sobretudo, a insegurança gerada pelo aumento dos gastos públicos e por fatores externos, como a condução da economia dos Estados Unidos: “Não existe aspectos estruturais que justifiquem uma crise cambial e entendo que deve ser feito ajuste imediato de corte de gastos públicos, ainda que seja com medidas pontuais no primeiro momento, para sustentar o arcabouço fiscal, condição essencial para baixar juros”. Para ela a acomodação do preço do petróleo é fator que pode ajudar a segurar a inflação, que permanecerá pressionada de janeiro a março, principalmente pelo reajuste dos alimentos. Com relação ao crédito, com uma possível queda da taxa básica de juro, Fernandez prevê a possibilidade de ampliação da oferta, na faixa de 5%, para pessoa física no âmbito geral: “Para as empresas é mais complicado projetar o crescimento do financiamento, em razão da forte inadimplência”. Ela acrescenta que, atualmente, o spread bancário carrega a insegurança com relação ao rumo da economia e à alta da Selic, e leva a uma análise mais rigorosa do perfil de quem busca o crédito. As principais projeções do mercado Fonte: Relatório de Mercado Focus/BC 18/nov/2024 // *IBGE/Pine PIB (%) Dólar (R$) Inflação IGP-M (%) Dívida pública líquida (% PIB) Balança comercial (US$ bi) Inflação IPCA (%) Taxa média anual de desemprego (%)* Juro Selic (% aa) Saldo conta corrente externa (US$ bi) Investimento Estrangeiro Direto (US$ bi) 1,94 5,50 4,00 66,65 76,65 4,12 6,80 12,00 -48,00 73,56 3,10 5,60 5,45 63,50 76,99 4,64 7,50 11,75 -46,47 71,50 2025 2024

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