50 Novembro 2024 | AutoData PERSPECTIVAS 2025 » MACROECONOMIA O mercado já espera por nova elevação da Selic na última reunião deste ano do Copom, Comitê de Política Monetária, agendada para 10 e 11 de dezembro, estimando que a taxa fechará o ano a 11,75%, baixando levemente a 11,5% em 2025. Para o câmbio, que apresentou sua face mais volátil às vésperas da corrida presidencial nos Estados Unidos e chegou a bater em quase R$ 5,80, à espera de um pacote de corte de gastos do governo federal, as apostas são de cotação de R$ 5,50 ao fim deste ano e de R$ 5,43 para o próximo. Quanto à dívida líquida do setor público os economistas preveem que seja equivalente a 63,5% do PIB este ano, subindo a 66,66% em 2025. JURO SEGURA PIB E INFLAÇÃO Roberto Padovani, economista-chefe do Banco BV, faz projeções que acompanham de perto o Focus: pela ele a economia brasileira cresce 3,1% este ano e 1,9% em 2025. Desde 2023 Padovani considera que a retomada está em patamar “muito forte”, para além da sua capacidade de crescimento, estimada em 2% a 2,5%. “No ano que vem a alta dos juros e a redução do aumento das despesas públicas segurarão a taxa de crescimento do PIB.” Na atual conjuntura, ele observa, o baixo desemprego e as condições de renda favoráveis estimulam consumo e reduzem o risco de crédito: “Mas também torna a inflação resistente, de 4% a 4,5%, com destaque para o custo de serviços, num patamar de 5%”. O economista estima taxa básica de juros de 11,25% no fechamento de 2024 e de 12% em janeiro próximo, encerrando 2025 com 11,75%. Padovani alerta para o impacto desta elevação, por encarecer o crédito em um ambiente em que as famílias seguem endividadas. “A percepção de risco deve aumentar e, no nosso entendimento, os bancos, de maneira geral, controlarão a oferta [de crédito]. Com isto setores dependentes de crédito, como o automotivo, devem desacelerar ao longo de 2025.” Ele recorda que o financiamento de veículos registra queda nos últimos anos, e que o aperto monetário reforça a pressão exercida nesta modalidade. Padovani também espera por possível impacto negativo no mercado de trabalho, interrompendo a queda do desemprego. Existe ainda a expectativa de redução no ritmo de aumento dos gastos públicos: “Desde 2023 houve grande expansão fiscal. A estimativa de menor impulso fiscal, combinada com a desaceleração de emprego, pode fazer com que a renda cresça em ritmo menor”. No quadro geral, para 2024 e 2025, o economista-chefe do BV prevê, respectivamente, inflação de 4,4% e de 3,5%, com câmbio de R$ 5,30 e R$ 5,40. SEM CRISE CAMBIAL Pelo olhar de Tereza Fernandez, consultora econômica da Fenabrave, o PIB “ O Brasil tem reservas internacionais suficientes, de US$ 372 bilhões, para impedir um ataque cambial.” Tereza Fernandez, Fenabrave Divulgação/Fenabrave
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