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» EDITORIAL AutoData | Novembro 2024 Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição André Barros, Caio Bednarski, Lucia Camargo Nunes, Mário Sérgio Venditti, Nícolas Borges, Rúbia Evangelinellis, Soraia Abreu Pedrozo Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR/divulgação Capa Arte Sutthiphong Chandaeng/Shutterstock sobre foto divulgação/VW Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, bloco 5, 4º andar, sala 434, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora autodataseminarios autodataseminarios Por Pedro Kutney, editor Que venha mais um erro Ao fechar mais uma edição Perspectivas, desta vez para tentar antecipar como será 2025, percebe-se que as projeções compartilhadas nesta edição de AutoData contém um certo déjà vu. Nos últimos dois anos quase todos erraram suas previsões – felizmente para resultados bem melhores – e esperamos que cometam o mesmo erro novamente. Podemos encabeçar a lista de felizes erros pelas projeções do PIB, que aponta a intensidade do desempenho da economia e faz parte do planejamento das empresas. Com o cenário econômico há dois anos contaminado pelo mau humor atávico do mercado com o atual governo, no fim de 2022 economistas decretaram que o PIB brasileiro iria crescer não mais do que insignificante 0,5% em 2023 – mas cresceu 2,9%, ou quase seis vezes mais. História parecida no ano seguinte: projeção de expansão do PIB de 1,5% e chegamos ao fim de 2024 com o dobro disto, a 3,1%. Pois para 2025 a projeção de crescimento é de 2%, em desaceleração justificada por inflação e juros em elevação, a despeito do desemprego ter descido a 6%, o menor nível em uma década, e com renda em elevação – coisa que os diretores do Banco Central independente do governo e vassalo do mercado, sem nenhuma vergonha, sempre apontam como algo danoso ao cumprimento da meta de inflação e punem o País com a taxa de juro mais alta do mundo, com explicações para tanto que ninguém entende direito ou apenas finge entender. O pessimismo contamina as expectativas, tanto que este ano foi o mais difícil para saber das empresas suas projeções para 2025. Ninguém quer arriscar nada e a maioria endossa as projeções macroeconômicas do BC, calculadas semanalmente no Boletim Focus pela média de consultas a mais de cem empresas, predominantemente instituições financeiras. Sob pressão de evolução na legislação de emissões para veículos leves, dólar especulativamente caro e juros em alta – que mesmo com a Selic em elevação poderiam ser mais baixos na ponta do consumo se não fosse a voracidade dos bancos –, tudo levando a preços ainda maiores do que já são, a maioria das entidades e empresas do setor automotivo nacional projeta um ano de baixo crescimento, com mercado doméstico em fraca expansão de 3% a 6% – não será desta vez ainda que voltaremos ao nível dos 3 milhões de emplacamentos. Felizmente há quem enxergue o copo meio cheio, esperando que o bom embalo de 2024, um ano muito melhor do que era previsto, seja transmitido por inércia a 2025. Se o próximo ano repetir este, inclusive as projeções erradas, já terá sido bom. Em não mais do que um ano à frente veremos quem está certo.

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