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24 Novembro 2024 | AutoData porque houve muita movimentação de alimentos. E isto deve continuar ainda num ritmo bom ano que vem. Como a Anfir avalia os números da macroeconomia brasileira? Esperamos por um [avanço do] PIB um pouco menor no ano que vem. Acreditávamos até pouco tempo que poderia repetir o crescimento de 3% que deve se consolidar em 2024, mas agora notamos que a pressão na taxa de juros, com um aumento na taxa básica ainda este ano, pode prejudicar e desestimular um pouco os investimentos. Com isto cai o consumo, cai também o crescimento industrial. Nós apostamos no PIB 2,4% maior para 2025. Além da Selic qual outro fator para esta redução do crescimento econômico? A Selic fará sofrer bastante. Devemos levar até junho de 2025 uma taxa de 12,5%. É claramente uma pressão para conter e colocar a inflação nos eixos. Acreditamos que a inflação caia e fique de 3,96% a 4%, por causa da Selic alta, com o IPCA totalmente controlado a partir de julho. Neste cenário o câmbio pode criar impactos nos negócios. Não tem quem acerte a relação real e dólar porque são muitas as variáveis. No Brasil tem muita gente pessimista falando em R$ 6 [por dólar], ou até acima de R$ 6. Não pensamos assim. Acho que haverá um recuo no segundo semestre para patamares melhores. Estou acreditando no câmbio de R$ 5,40 o ano que vem, com a Selic terminando seu ciclo de alta e estabilizando em 11% no fim de 2025. No ano que vem haverá investimentos no setor de implementos? O quanto é necessário investir em produção e aumento de capacidade? Como o Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, pode contribuir para incentivar o setor? Hoje nossa capacidade de produção gira em torno de 200 mil implementos/ ano. Então ainda temos ociosidade fabril que não demanda investimentos [em ampliação]. Os investimentos que todas as empresas estão fazendo são em melhorias tecnológicas, em aumento de produtividade e até, às vezes, para suprir a falta de mão de obra especializada, cada vez maior no País. Acho que é nisto que devemos continuar investindo. O governo traz o impacto da mobilidade verde, vem ao encontro do que a nossa indústria vem fazendo, oferecer melhores condições ao nosso operador logístico. Mas este ano o recurso do governo acabou muito rápido. Então temos que ver o quanto estará disponível pelo Mover. Porque é claro que isto aí impulsiona todos os processos de inovação dentro da cadeia industrial, como um recorde de empresas de autopeças se credenciando no Mover, bem diferente da Lei do Bem anteriormente. “ A grande virtude está no emprego, na geração de renda. O Brasil está batendo recorde de menor desemprego. Em 2025 isto continuará contribuindo com o nosso setor.” FROM THE TOP PERSPECTIVAS 2025 » JOSÉ CARLOS SPRÍCIGO, ANFIR

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