122 Novembro 2024 | AutoData EVENTO AUTODATA » BRASIL ELÉTRICO 2024 recerá o aumento do volume de ônibus elétricos de janeiro a março de 2025. Ainda assim não será para a alta tensão, o que demorará alguns anos. Diante disto a Mercedes-Benz revisou a programação da produção para este ano e 2025: “Estávamos preparados para produzir volume muito maior de chassis elétricos, mas tivemos de passar parte para o diesel justamente pelas questões de infraestrutura”. No Brasil 409 ônibus elétricos foram emplacados de 2019 a 2024. Destes, 240 são da Eletra, só em São Paulo. Ieda Oliveira, diretora executiva da companhia, expôs que a infraestrutura não é um problema mas, sim, um desafio. Diante de episódio recente das fortes chuvas que deixaram parte da cidade sem energia por dias ela afirmou que é mito dizer que a falta de energia é o problema: “A eletricidade é dimensionada pelo pico de demanda. E os ônibus são carregados à noite, quando em torno de 30% do que está disponível é utilizado. Com os apagões ocorridos houve interrupção dos trens e metrôs? Não. Porque eles, assim como os trólebus, há trinta anos em funcionamento, utilizam rede dedicada. A questão está na falta de planejamento para levar eletricidade às garagens”. Para tentar driblar o cenário e esperar pelo avanço Ricardo Portolan, diretor de operações comerciais da Marcopolo, contou que a empresa aposta na exportação de ônibus elétricos, ao lembrar que em outubro modelo a bateria Attivi começou a ser fabricado também em São Mateus, ES. COMPENSAÇÃO DE EMISSÕES Mesmo diante de todos os esforços, investimentos e desenvolvimentos para descarbonizar emissões, chegará um momento em que as indústrias e os países alcançarão o teto, não sendo mais possível reduzir o CO2 emitido. Para obter emissão zero, portanto, será necessário lançar mão de créditos de carbono, mercado ainda não regulamentado no Brasil mas promissor devido às suas condições. De acordo com Fernando Beltrame, CEO da consultoria especializada Eccaplan, a empresa dispõe de ferramentas, certificações e caminhos que ajudam a neutralizar a emissão de gases do efeito estufa em determinadas operações: “No Brasil ainda não existe regulamentação nem obrigação para compensar os GEE emitidos. Mas há iniciativas próprias, como a realização de eventos carbono neutro, nos quais colaboramos”. Segundo ele Scania, Iveco e Mercedes- -Benz já procuraram a consultoria para projetos de compensação.
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