121 AutoData | Novembro 2024 gás é fundamental para o Brasil”. Merluzzi apresentou estudo feito pela LCA a pedido do MBCB que aponta que a frota brasileira de pesados representa quase 5% do total de veículos em circulação, de 47 milhões de unidades, mas emite 53% do CO2 lançado pela mobilidade no País. MATRIZ ENERGÉTICA De acordo com o diretor comercial da ComBio Energia, Gustavo Marchezin, dados do BEN, Balanço Energético Nacional, apontam que o consumo de energia para transportes em 2023 aumentou em 4,4%, na média, em comparação com o ano anterior. A boa notícia é que o biodiesel, embora represente 5,2% do total consumido, foi o que mais cresceu, 19,2%. E o etanol, que responde por 17,3%, avançou 6,3%. “Significa que, somados, biodiesel e etanol representam 22,5% de fontes renováveis”, afirmou Marchezin. O diesel, para efeito de comparação, ainda responde por 43,4% do total da matriz energética demandada pelo setor. A Honda Automóveis, que em novembro celebra dez anos de operação de seu parque eólico em Xangri-lá, RS, que abastece de energia limpa as fábricas paulistas de Sumaré e de Itirapina, SP, e seu escritório na Capital paulista, está prestes a dar um novo passo para limpar sua fonte de energia no País. Conforme Otávio Mizikami, presidente da Honda Energy e vice-presidente industrial da Honda Automóveis, como a produção ainda não é totalmente livre de emissões de CO2, por causa do gás natural usado nas cabines de pintura, a empresa pretende trocá-lo pelo biogás nos próximos anos. PARA ÔNIBUS FALTA RECARGA Embora o caminho natural para os ônibus urbanos seja a maior adesão à eletrificação, dos 2,6 mil veículos que a Prefeitura de São Paulo pretendia que fossem adquiridos pelas operadoras até o fim de 2024 no máximo 350 deverão começar a circular pelas ruas da Capital. Foi o que estimou o vice-presidente de vendas e marketing de ônibus da Mercedes-Benz, Walter Barbosa. O maior obstáculo ainda é a questão da infraestrutura: “O problema é o planejamento da porta para fora, para que a energia chegue até as garagens. Uma frota de cinquenta ônibus, ou de 25 biarticulados, é viável. Acima deste volume requer um investimento muito alto para migrar as redes de baixa para alta tensão”. O executivo citou que algumas garagens estarão trabalhando nisto e migrando da baixa para a média tensão, o que favo-
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