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102 Novembro 2024 | AutoData EVENTO » FENATRAN 2024 SUPERAÇÃO DE CRISES Os resultados da Fenatran de 2022 já tinham sido bons, espelharam a recuperação das vendas pós-pandemia com 66 mil visitantes e R$ 9,5 bilhões em negócios fechados. A maior parte das encomendas,porém, foi de caminhões Euro 5, que só poderiam ser produzidos até o fim daquele ano. Assim pairava no ar a antecipação de mais um velório do mercado marcado para começar em janeiro de 2023, quando entrou em vigor a nova etapa do programa brasileiro de controle de emissões para veículos pesados a diesel, o Proconve P8, que obrigou fabricantes a adotar motorização Euro 6 e colocar na vitrine produtos de 15% a até 25% mais caros. Assim o tombo do mercado foi inevitável e apagou rapidamente qualquer otimismo propagado por aquela Fenatran. Os emplacamentos de caminhões em 2023 caíram cerca de 15% – e só não declinaram mais por causa da venda de modelos Euro 5 em estoque – enquanto a produção, limitada a modelos Euro 6, despencou com forte retração de 38%. Tudo mudou este ano e um otimismo mais sustentável tomou conta dos corredores do SP Expo, embalado pela forte recuperação do mercado de caminhões, que assimilou os aumentos de custos da nova tecnologia e, de janeiro a outubro, antes da Fenatran, já comprou mais de 103 mil unidades Euro 6, em alta de 17% sobre igual período de 2023, já superando o volume do ano passado inteiro e com projeção de passar das 120 mil unidades até o fim de dezembro. Devido à depressão causada pelo Euro 6 a produção cresceu mais ainda, 43%, para 117,4 mil até o mês passado, devendo superar 130 mil unidades no ano todo. Assim a Fenatran 2024 encontrou o mercado de caminhões já embalado e serviu para dar aceleração adicional aos negócios. Apesar do novo ciclo de elevação dos juros e desaceleração do crescimento do PIB previsto para 2025, para a maioria dos fabricantes de caminhões e carretas a Fenatran já deu impulso suficiente para manter o mercado, na pior hipótese, igual a 2024. BOM TEMPO Alguns participantes do mercado de caminhões até apostam em novo crescimento de dois dígitos, na casa de 10% a 12%, com impulso de segmentos como agronegócio, que aproveita a volta das chuvas e começa a correr para transportar a safra, construção civil empurrada por obras de infraestrutura do PAC, aumento das entregas de cargas industrializadas compradas com aumento do emprego e da renda, e também para recuperar a demanda reprimida de 2023 de frotistas que deixaram de renovar frotas por causa do aumento de preços. Citando todos estes e mais alguns fatores que empurram para cima o mercado nacional Roberto Cortes, presidente da Rebocador de carretas elétrico e autônomo Randon AT4T: mais uma inovação e novo uso do eixo elétrico e-Sys da Suspensys.

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