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Outubro 2024 | AutoData 72 CITROËN BASALT » A FÁBRICA no Brasil. Para receber a nova família de produtos a unidade passou por reformas e intervenções para melhorar sua eficiência peracional e a produtividade de todos seus processos, passando por funilaria [soldagem de carrocerias], pintura e montagem final. Todos os quatro modelos produzidos atualmente passam por uma só linha de produção em todas as áreas produtivas. “O ciclo de investimentos para produzir a família C-Cubed trouxe muitas evoluções produtivas a Porto Real”, afirma Francis Jorge, ele mesmo vindo da FCA, com passagens pela gerência de qualidade e manufatura de Betim, MG, e Goiana, PE. “Investimos para aumentar a qualidade dos processos e produtos, elevamos a automação, qualificamos profissionais e fornecedores.” O nível de automação foi significativamente elevado na fábrica, principalmente nas linhas de soldagem de carrocerias, que hoje conta com 297 robôs que executam 90% dos processos, incluindo manipulares e aplicadores de solda-ponto e laser. A planta não tem processo interno de estamparia para conformação das chapas de aço. Todas as partes estampadas para serem soldadas são produzidas por fornecedores externos: as peças maiores vêm da Magneto Automotive, instalada bem ao lado no mesmo polo industrial de Porto Real, e alguns componentes menores são estampados pela própria Stellantis no polo de Betim. Os processos de estampagem de partes e de armação de carroceria do novo Citroën Basalt são bastante complexos, pois o carro agrega diversos tipos de aço que garantem maior rigidez torcional e mais segurança ao seu habitáculo. Na composição da carroceria são utilizados 60% de aços de alta resistência. Na pintura há menos automação, mas seis robôs executam o trabalho de vedações e quatro são aplicadores de tinta e verniz no exterior. No interior o trabalho é todo manual. Na montagem final o trabalho é mais manual mas 65% dos processos são abastecidos por carrinhos autônomos que levam à linha os componentes designados para cada carro. A cadência é de 27 veículos por hora, índice relativamente baixo em comparação com fábricas maiores: “Poderia ser um pouco mais, mas somos limitados pela capacidade da funilaria e da pintura”, afirma Francis Jorge. A planta também abriga uma linha de usinagem e montagem de motores que, desde 2001, produziu 2,4 milhões de unidades. Atualmente, com cadência de 168 motores por dia, só é fabricado na unidade um modelo 1.6 aspirado, que equipa principalmente versões para exportação do C3, C3 Aircross, C4 Cactus e agora também do Basalt. Com o envelhecimento do modelo as instalações poderão ser aproveitadas para produzir outros motores.

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