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Outubro 2024 | AutoData 58 uma linha completa e com um carro como o Basalt, que é 100% projetado para rodar nas nossas rodovias, aos poucos criaremos confiança. Estamos também investindo no processo de pós-venda nas concessionárias e no mercado de reposição. É algo que vai dar resultado em seis meses? Absolutamente não. Mas esta forma de agir caminhará aos poucos à introdução de novos carros e tecnologias, até que a gente consiga também transmitir esses ganhos para o valor de revenda”. Felipe Daemon foi nomeado há apenas quatro meses vice-presidente responsável pela Citroën América do Sul. Antes ele tinha o mesmo cargo de vice-presidente na Peugeot mas sua origem é FCA: em 2020 ele era o gerente de marketing de produto responsável pelo lançamento da nova Strada, que recolocou a Fiat na liderança do mercado brasileiro. Daemon espera agora usar suas experiências anteriores para recolocar a Citroën na trilha do crescimento, começando pelo lançamento do Basalt, o último membro da família C-Cubed: “O processo de renovação da marca é gradual e nós nos adaptamos aos poucos. Reforçaremos a imagem de oferecer carros bem desenhados, confortáveis e, acima de tudo, de preços acessíveis”. Daemon avalia que “os novos produtos e as novidades que estamos preparando”darão novo fôlego à Citroën no mercado brasileiro nos próximos anos. Ele observa que ainda há espaços a serem ocupados pela marca, como, por exemplo, o de vendas diretas a empresas e pessoas com deficiência, os PcDs: “São segmentos que ainda exploramos pouco e devemos crescer mais neles”. Para o executivo “as pessoas ainda estão começando a entender a proposta da marca”, que abriu mão de ser algo elitista para retomar suas origens de “oferecer carros diferenciados com preços acessíveis”. Daemon afirma que este plano está sendo adotado “passo a passo” e o Basalt é o mais recente deles. O carro foi lançado no começo de outubro com os preços mais competitivos do segmento dos SUVs compactos, o que mais cresce no País, por isto deverá ter peso significativo nas vendas da Citroën: “Não revelamos nossas projeções mas temos expectativa muito positiva com o Basalt, pois o modelo representa uma oferta diferenciada de design, conforto e acessibilidade”. HÍBRIDOS FLEX A CAMINHO Cappellano afirma que não pretende no momento importar carros elétricos da Citroën que já estão à venda na Europa: “Não estamos lançando elétricos aqui porque não faz sentido, falta infraestrutura e o custo é muito alto”. Mas a Citroën é uma das marcas do grupo que deverá receber sistemas eletrificados híbridos flex que foram desenvolvidos no País: “Se me perguntar em que mês lançaremos o Citroën híbrido não falarei, mas se me perguntar se temos a tecnologia em casa para lançar o híbrido leve da marca obviamente a resposta é sim”. Segundo o chefe da Stellantis América do Sul “as tecnologias estão todas em casa e a plataforma CMP está 100% preparada para receber sistemas híbridos ou até mesmo o elétrico puro: é uma questão de decisão de qual é o melhor momento de fazer isso com relação ao mercado”. Assim, com o jeito ítalo-mineiro adotado pela Fiat e agora assimilado pelas demais marcas da Stellantis no Brasil, a Citroën entra em nova fase de desenvolvimento. CITROËN BASALT » O PLANO

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