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AutoData | Outubro 2024 57 seguiu com esta imagem mesmo após o início, em 2001, da produção nacional da minivan Xsara Picasso e do hatch C3 em Porto Real, RJ, complementada por sedãs produzidos na vizinha Argentina e poucas importações da França. Após alguns lançamentos bem-sucedidos a Citroën conseguiu por mais de uma década manter-se como uma das dez marcas de veículos mais vendidas do País, mas nunca perdeu a pecha de veículo importado de manutenção cara e de alta desvalorização na hora da revenda. Em anos recentes, com a escassez de lançamentos combinada com a má fama de pós-venda e revenda, as vendas despencaram. Com a criação da Stellantis a Citroën foi recolocada na posição de marca acessível, de entrada no mercado. Mas o lançamento dos dois primeiros produtos da linha C-Cubed, o novo hatch C3 e o SUV Aircross, até o momento não fez efeito nas vendas. Este ano, de janeiro a setembro, os emplacamentos de cinco modelos Citroën no Brasil – os dois acima mais o C4 Cactus, produto em fim de ciclo de vida, e os utilitários Jumpy e Jumper – somaram 24,4 mil unidades, colocando a marca na décima-terceira posição do mercado com 1,4% de participação. “Muitos anos atrás a Citroën tinha a identidade de ser uma marca de carro europeu lançado no Brasil sem nenhuma adaptação. Não é mais assim há muitos anos”, afirma Cappellano. “Agora que temos uma engenharia ainda mais focada em desenvolver produtos para as necessidades dos clientes brasileiros aos poucos construiremos uma marca local. É desta forma que faremos o Brasil se tornar um pilar de crescimento da Citroën fora da Europa. Precisamos criar confiança para a marca crescer.” TEMPO PARA VOLTAR A CRESCER Cappellano reconhece que a nova proposta demorará, ainda, algum tempo para ser construída: “Hoje a Citroën tem um market share modesto mas agora, com Família C-Cubed completa: Aircross, Basalt e C3 são desenvolvidos no Brasil desde 2021.

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