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43 AutoData | Outubro 2024 O vice-presidente Geraldo Alckmin com o presidente da GWM, Jack Wey: acordo para trazer caminhão elétrico a hidrogênio ao Brasil. por meios limpos, com energia renovável, fazer investimentos em pesquisa e desenvolvimento e utilizar porcentual mínimo de conteúdo nacional para ter direito à suspensão de impostos na construção dos complexos de produção. Também poderão receber créditos tributários para abatimento na CSLL, Contribuição Sobre Lucro Líquido, que somam R$ 18,3 bilhões diluídos em cinco anos. Tudo isto, no entanto, ainda depende de diversas regulamentações de ministérios e agências reguladoras, como o CNPE, Conselho Nacional de Política Energética, e a ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, responsável por conceder as licenças aos complexos de produção, estabelecer padrões e fiscalizar a qualidade do hidrogênio produzido. “A legislação é positiva, um excelente primeiro passo para orientar e incentivar a produção de hidrogênio limpo no País, mas para se tornar efetiva ainda precisa de uma série de regulamentações”, pondera Anderson Suzuki, que no fim de 2023 foi escalado para assumir a gestão da recém-criada área de desenvolvimento de negócios de hidrogênio e veículos comerciais da Hyundai do Brasil. POTENCIAL DESTRAVADO Se as regulamentações rumarem no sentido esperado o potencial de negócios do hidrogênio de baixo carbono parece enorme. Segundo dados compilados pela CNI, Confederação Nacional da Indústria, existem mais de vinte projetos de produção do gás H2 no País que somam investimentos de R$ 189 bilhões – R$ 110,6 bilhões só no Porto de Pecém, CE, até agora o Estado que acolhe o maior número de projetos devido à maior proximidade da Europa, para exportação, e condições competitivas, incluindo a produção mais barata de energia renovável eólica e solar, fator fundamental para produzir H2 por eletrólise da água sem emissões de CO2. Diretor de pesquisa e desenvolvimento da Tupy e coordenador do comitê técnico de veículos pesados do MBCB, a coalisão Divulgação/GWM de empresas e organizações Mobilidade de Baixo Carbono Brasil, André Ferraresi concorda que o marco legal do hidrogênio é um passo fundamental para tirar os projetos do papel: “Há vários investimentos planejados mas nenhum consolidado. Com a legislação eles podem começar a andar, abrindo espaço para o desenvolvimento do setor no Brasil”. Ferraresi estima que atualmente, no mundo, sejam produzidas não mais do que 2 milhões de toneladas por ano de H2 de baixo carbono – todo o resto da demanda global de quase 100 milhões de toneladas vem de fontes fósseis, principalmente gás natural, com utilização em produção de fertilizantes, refino de petróleo e elaboração de produtos químicos. “Para atender a metas de redução de emissões a produção de hidrogênio de

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