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27 AutoData | Outubro 2024 no discurso: “O Green Deal [pacto europeu que estabelece um roteiro para a transição justa a um futuro sustentável e favorável ao meio ambiente] não é só uma ideia, mas uma série de ações. E isto não está acontecendo”. Daum e sua sucessora protagonizaram as falas mais contundentes sobre a necessidade de as autoridades europeias compreenderem que, para ter algum futuro, a eletrificação dos veículos comerciais precisa de infraestrutura de carregamento. E que isto demorará para acontecer. “Não podemos mais viver com essa quantidade de CO2 na atmosfera que causa muitos danos às sociedades”, disse Daum em seu último discurso no IAA. Ele finalizou sua participação dizendo que “não somos o problema, somos parte da solução.” A transição mais acelerada para a eletrificação é um assunto discutido no IAA, pelo menos, desde 2018, quando o tema da exposição foi Dirigindo o Amanhã. Em 2022, primeiro Salão de Hannover após o baque da pandemia de covid, os caminhões e vans elétricos para transporte urbano e alguns pesados foram as estrelas da exposição. Mas durante todos estes anos não se falou sobre a preocupação e tampouco sobre ações concretas para a instalação de uma rede de abastecimento público para caminhões na Europa. Todos disseram que o futuro era elétrico, que os fabricantes estavam dando a sua contribuição e que o mercado cuidaria de trazer a oferta tão necessária de energia limpa para todos. Mas agora, em 2024, a tentativa é de amenizar o gargalo que surgiu bem à frente e pode prejudicar os planos de negociar caminhões mais modernos e [muito mais] caros para seus clientes. Pior do que isto: há a possibilidade de a autoridade europeia cumprir a ameaça de multar empresas do setor de transportes por não atingirem as metas exigidas de redução das emissões de CO2 de suas operações. cuidado em seus discursos no IAA a importância do desenvolvimento rápido de infraestrutura de carregamento. E todos, sem exceção, também estão preocupados com a qualidade da energia elétrica na região, pois de nada adianta um caminhão que não emite CO2 se a matriz energética é suja, com geração a partir de combustíveis fósseis. Este é outro assunto que promete colocar mais carvão nessa polêmica muito em breve. FUTURO SEM EMISSÕES AMEAÇADO Martin Daum, CEO da Daimler Trucks prestes a ser sucedido por Karin Rådström, talvez tenha sido o executivo mais enfático sobre a necessidade de avançar para a economia limpa na prática, não só O Volvo FH elétrico: alcance de 600 quilômetros, o maior apresentado no IAA. Divulgação/Volvo

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