19 AutoData | Outubro 2024 aportes por meio do PAC Seleções e PAC 3: “Temos investimentos do Fundo Clima, aumento do turismo pós-pandemia, que está elevando as vendas de modelos rodoviários, preço elevado dos combustíveis e das passagens aéreas que trazem mais passageiros para as viagens de ônibus a lazer, retomada das exportações, principalmente para o continente africano, maior demanda por veículos elétricos e o crescimento do PIB”. Este conjunto de fatores favoráveis deverá impulsionar a produção nos próximos dois meses, saindo da média de 1,8 mil para 1,9 mil ônibus por mês. Para o ano que vem os mesmos vetores seguirão impulsionando os negócios e Bisi projeta alta de 5% na produção, chegando perto de 24,6 mil unidades. Ricardo Portolan, diretor de operações comerciais da Marcopolo, concorda com Bisi: “Temos a expectativa de maior volume no mercado interno para os próximos anos, ainda mais depois dos últimos anos abaixo do esperado. Novas tecnologias que visam à descarbonização, como ônibus elétricos e híbridos, também deverão puxar o aumento da demanda”. Luciano José Calonego, diretor de controladoria da Caio, foi além ao afirmar que os ônibus serão os grandes protagonistas da mobilidade e da descarbonização nesta década: “Temos demanda reprimida no País por causa dos baixos volumes vendidos nos últimos anos. Também tem a questão do ônibus elétrico na cidade de São Paulo, que não está permitindo a homologação de novos veículos a diesel para renovação da frota, o que cria uma lacuna de mercado que precisará ser preenchida no futuro”. “Vejo o mercado aquecido e todos os segmentos, rodoviário, fretamento, micro e mesmo o urbano, apesar de ser ano eleitoral, estão com melhor desempenho do que no ano passado”, avaliou Walter Barbosa, vice-presidente de vendas e marketing de ônibus da Mercedes-Benz, maior fabricante de chassis de ônibus do País. “Apenas o segmento escolar está um pouco abaixo do esperado por causa de atrasos nas vendas para o Caminho da Escola. Ainda assim o ano deve terminar bem parecido com 2023, com cerca de 20 mil unidades vendidas.” ELÉTRICOS E CHINESES Assim como acontece com os automóveis o segmento de ônibus elétricos está sofrendo forte competição dos fabricantes chineses, especialmente nos mercados de exportação. Ainda que o dólar cotado a mais de R$ 5 torne o produto brasileiro mais competitivo no Exterior,
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