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13 AutoData | Outubro 2024 alguns países da Europa. Aqui estudamos a cadeia inteira de carbono, desde o minério até o produto final, do berço ao túmulo, e adotamos este padrão na legislação para orientar programas de descarbonização, usando diversas matrizes energéticas que o País tem. Já usamos etanol há mais de quarenta anos e o sistema flex [bicombustível gasolina-etanol] complementa e descarboniza a matriz energética. O biodiesel também tem um programa parrudo que está evoluindo. O biometano tem potencial enorme de crescimento. Outra fonte é o hidrogênio. A SAE trouxe vários players globais para conhecer a realidade brasileira e com isto o País foi colocado no mapa-múndi do hidrogênio porque hoje a forma mais barata de se produzir o gás no mundo é aqui, na costa do Nordeste. Esta vantagem vai gerar grandes investimentos e disponibilidade de hidrogênio para a indústria inteira. Então o Brasil tem todas as frentes disponíveis de descarbonização: só precisamos agora priorizá-las de acordo com o que faz mais sentido pois não adianta adotar uma solução extremamente cara em casos que há alternativas mais baratas. O senhor é secretário executivo do MiBI, a rede Made in Brazil Integrado, uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento que surgiu na época da pandemia, em 2020, quando a indústria ajudou a produzir ventiladores pulmonares. Esse movimento evoluiu para juntar governo e empresas para promover a produção nacional de componentes importados. Como o MiBI está funcionando? O governo nos acionou para ajudar na produção de ventiladores pulmonares de trabalho que agregam informações, pessoas, empresas, papers, pesquisa e protótipos. Também temos 23 mentorias [que conectam engenheiros experientes com estudantes e jovens profissionais] em temas como mobilidade, automação industrial, digitalização, conectividade... Assim começamos a discutir como poderíamos, com base nas mentorias e nos eventos, criar projetos que possam ser submetidos a entidades de fomento. A SAE4Mobility já tem resultados? Formamos núcleos de desenvolvimento que já têm alguns resultados. Está em curso, por exemplo, um trabalho na área de bioeletrificação com a Unicamp: estamos aproximando empresas de laboratórios [da universidade] que estão desenvolvendo um sistema integrado de reformador e SOFC [módulo que extrai hidrogênio do etanol e injeta o gás em células cerâmicas que geram energia para carros elétricos]. Este projeto começou com a Nissan [que em 2016 fez testes de uma van elétrica equipada com reformador de etanol e a SOFC] e agora um grupo desenvolve tecnologias e catalisadores deste sistema. Nós completamos três anos e os editais não permitem que um ICT assuma qualquer projeto antes deste tempo mínimo. Então só agora o SAE4Mobility vai começar a coordenar projetos maiores. Como deve evoluir a mobilidade de baixo carbono no Brasil nos próximos anos? O Brasil mostra ao mundo que é possível descarbonizar emissões sem precisar tirar dinheiro de programas sociais para subsidiar quase 30% a 40% do preço de um veículo elétrico, como acontece em

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