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10 FROM THE TOP » ERWIN FRANIECK, SAE4MOBILITY E MIBI Outubro 2024 | AutoData “Brasil pode produzir tudo que desejar” Ao contrário de muitos o engenheiro Erwin Franieck tem convicção sobre a frase dele que está aí acima: “Podemos fazer o que quisermos se chamarmos as melhores pessoas para pensar nisso”. Ele vaticina a ideia baseado na longa experiência de alguém que participa há mais de quarenta anos da construção da indústria automotiva brasileira. Franieck é engenheiro mecânico, graduado pela Unicamp em 1985, que engatou longa carreira na Bosch, onde participou de importantes projetos do setor, incluindo o carro flex. Em 2020 se aposentou como diretor de pesquisa e desenvolvimento mas nem quis saber de parar. Segue na ativa como membro atuante da SAE Brasil e presidente do SAE4Mobility, um instituto de ciência e tecnologia que ele criou dentro da entidade para desenvolver projetos. Também é secretário executivo da rede colaborativa Made in Brazil Integrado, que opera com o Ministério do Desenvolvimento e associações para aumentar a nacionalização de componentes e sistemas, com avanços já alcançados para transformar o País em produtor de semicondutores e eletrônicos automotivos, que tenta agora trazer uma fábrica de câmbios automáticos para o Brasil, bem como a adoção de leis para que o País produza mais materiais estratégicos em vez de apenas exportar minérios. Como gosta de dizer, “a briga está boa”. Com sua vivência de mais de quarenta anos à frente de vários projetos de engenharia automotiva como o senhor avalia a evolução desta indústria no Brasil nos últimos anos? Quando entrei no mercado de trabalho, lá nos anos 80, o mundo acelerava na área automotiva e o Brasil estava fechado, o mercado era protegido, com índice de nacionalização gigantesco, mas atrasado com relação à tecnologia global. Quando as importações foram abertas [a partir de 1990] aconteceu uma revolução na indústria. Depois tivemos vários degraus de evolução, alguns ficaram parados em alguns desses degraus e outros precisaram correr sem estar preparados. Partimos [no início dos anos 1990] de um carburador que ninguém nem sabia quanto emitia e chegamos [em 2012] ao Inovar-Auto, que introduziu metas de eficiência energética, seguido [em 2017] pelo Rota 2030, que aproximou universidades da indústria e agora o Mover [Programa Mobilidade Verde e Inovação, lançado este ano], que está retomando a cadeia produtiva nacional. Entrevista a Leandro Alves e Pedro Kutney Clique aqui para assistir à versão em videocast desta entrevista

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