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» EDITORIAL AutoData | Setembro 2024 Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição André Barros, Caio Bednarski, Lucia Camargo Nunes, Nicolas Borges, Soraia Abreu Pedrozo Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR/divulgação Capa Arte sobre foto divulgação/ Renault Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, bloco 5, 4º andar, sala 434, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora autodataseminarios autodataseminarios Por Pedro Kutney, editor Esperanças circulares Em meio aos muitos atrasos que afligem a indústria nacional vez por outra surgem alguns avanços promissores. É o caso do que está estampado na capa desta AutoData: a economia circular. Por mais estranho que possa parecer chamar de avanço algo que circula para voltar ao mesmo lugar, trata-se de uma admirável evolução sustentável. A reportagem sobre economia circular desta edição trata de algo que a indústria automotiva já faz há algum tempo: reduzir, reutilizar, recuperar e reciclar. Mas até há poucos anos isto era limitado a questões econômicas – ou, sendo mais direto, quando dava lucro ou evitava prejuízos. A diferença agora é que quem não adota ações consistentes para economizar recursos corre o risco de ter prejuízo muito maior, seja por danos à sua imagem, pelo pagamento de multas pelo não cumprimento de legislação ambiental ou pela simples falta e encarecimento de matérias-primas para tocar a produção em frente. É por um ou todos estes motivos que a indústria automotiva instalada no Brasil está avançando mais rápido e já coleciona bons exemplos de economia circular. Existem programas de remanufatura que há décadas economizam recursos na fabricação de novos produtos, mas também surgem inovações promissoras, como o uso de biometalurgia para extrair de resíduos industriais matérias-primas que voltam às linhas de produção, ou métodos de reparos de baterias que dão vida nova ao item mais caro e problemático dos carros elétricos. A boa notícia é que tudo isso pode evoluir ainda mais, a depender de nova regulamentação do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, que prevê estímulos ao aumento da reciclabilidade dos veículos produzidos no País. Basta não perder mais este bonde da história, como aconteceu com a indústria de semicondutores no Brasil. Aliás esta é outra boa história desta edição, que conta como o País caminha para retomar sua capacidade de produzir bens de alta tecnologia e alto valor agregado: os microchips. Com a recente aprovação de legislações de incentivo especialistas dizem que o Brasil atrairá investimentos na casa dos R$ 30 bilhões e tem tudo para produzir, usar e exportar semicondutores, sem os quais nenhum veículo pode ser produzido hoje. É mais uma esperança circular de tirar a indústria nacional do atraso tecnológico em que se meteu.

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