414-2024-09

42 Setembro 2024 | AutoData INDÚSTRIA » INVESTIMENTO fabricantes de veículos instalados no País. “Nosso biocombustível e a tecnologia flex já é exemplo para outros países, como Índia e Tailândia.” Deák prevê que o País reúne condições para atravessar de forma mais suave o período de transformação profunda da indústria automotiva mundial: “Diante dos nossos recursos naturais podemos ser líderes em sustentabilidade e passar pela tempestade sem sobressaltos”. Evandro Maggio, CEO da Toyota do Brasil e presidente de honra do Simea 2024, foi enfático ao colocar o País na liderança da descarbonização: “O caminho é múltiplo e todas as alternativas e suas combinações são válidas. No Brasil temos o etanol e sua junção com a eletrificação, o que significa que o País pode ser protagonista da transição energética”. O foco do Mover em estimular pesquisa e desenvolvimento é que trará este protagonismo, segundo destacou no segundo dia do Simea Margarete Gandini, diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta- -Média Complexidade Tecnológica do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. NACIONALIZAÇÃO NECESSÁRIA Para Roger Guilherme, gerente de engenharia da Volkswagen do Brasil, ainda não é possível apontar o híbrido flex como etapa final, e não transitória, da descarbonização no País: “Pode ser o ponto final se, por exemplo, tivermos um etanol com carbono zero. Tudo depende do que acontecerá. Por enquanto prefiro acreditar no eclético, considerando, antes de tudo, que é preciso fazer o que o consumidor quer comprar”. Mas as novas tecnologias não serão totalmente aproveitadas sem o adensamento da cadeia produtiva para a produção local de componentes envolvidos nos novos sistemas, conforme destacou o vice-presidente de assuntos regulatórios da Stellantis América do Sul e membro da Câmara de Veículos Leves da Anfavea, João Irineu Medeiros. Presidente da ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, e diretor de relações institucionais e governamentais da GWM no Brasil, Ricardo Bastos concorda com a necessidade de nacionalização de tecnologias: “É sem dúvida um desafio, mas acredito que até o fim do Mover [em 2028] teremos uma fábrica de baterias no Brasil”. Linha de produção de transmissões: Mover estimula investimentos dos fornecedores. Divulgação/Eaton

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=