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41 AutoData | Setembro 2024 Toyota Corolla Cross híbrido flex: solução brasileira mistura biocombustível com eletrificação e serve de exemplo ao mundo. sua participação no painel de abertura do 31º Simea, Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva, organizado em agosto pela AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva. Segundo Deák os recursos serão destinados ao desenvolvimento de processos e produtos das empresas da cadeia de fornecimento de componentes e sistemas: “Não será um dinheiro destinado à expansão de capacidade, mas aplicado em atualização tecnológica, para poder atender às exigências de emissões e de segurança que vêm por aí”. O diretor do Sindipeças confirmou que o Mover é o principal vetor dos investimentos, com foco na descarbonização das emissões, o que remete ao desenvolvimento de powertrains eletrificados nos veículos produzidos no País, que impulsionarão novos projetos na cadeia fornecedora. Das 512 empresas associadas ao Sindipeças de sessenta a oitenta são de grande porte, o que diferencia os investimentos: “Enquanto algumas empresas podem buscar tecnologias em suas matrizes no Exterior outras desenvolvem projetos locais. Nestes casos o Mover é mais importante”. O setor de autopeças vem investindo usualmente de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões por ano. O Mover, portanto, demanda um Divulgação/Toyota aumento no desembolso das empresas. Deák disse que os créditos financeiros do programa, que em cinco anos somarão mais de R$ 19 bilhões, estão se esgotando rapidamente: “Todo mundo está correndo atrás de novos projetos”. BRASIL PROTAGONISTA O tema central do Simea deste ano foi mobilidade verde e transição energética. Na abertura o presidente da AEA, Marcus Vinícius Aguiar, disse que os planos globais para veículos elétricos sofreram uma reviravolta no último ano e o Brasil está bem posicionado por seu leque de opções de descarbonização. Enquanto fabricantes da Europa e dos Estados Unidos enfrentam desafios para emplacar os carros elétricos, com vendas que crescem abaixo do esperado, o Brasil, segundo os debatedores do evento, tem um caminho mais eclético com os biocombustíveis à frente, aliados ou não com a eletrificação, como nos diversos veículos híbridos flex que estão em desenvolvimento no momento. “Temos esta oportunidade por estar na vanguarda da transição energética. Somos um país privilegiado, com abundância de rotas tecnológicas. Só não podemos nos perder”, afirmou Henry Joseph Júnior, diretor técnico da Anfavea, que reúne os

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