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29 AutoData | Setembro 2024 2024 iniciou seu processo de internacionalização com a abertura de um escritório no Reino Unido. Para lidar com a massa negra de óxidos metálicos das baterias a Energy Source investiu em uma planta de hidrometalurgia, que extrai o fosfato de lítio e de cobalto, como relata Ariane Mayer: “Temos cerca de 95% de eficiência na reciclagem destas baterias, que são reinseridas em novas cadeias produtivas, como o agronegócio, por exemplo. Assim substituímos parte da mineração tradicional pela mineração urbana, reinserindo esses metais em novas cadeias produtivas”. A diretora espera que os marcos regulatórios em discussão favoreçam ainda mais seu negócio: “Temos uma grande expectativa com a regulamentação do Mover. Esperamos que torne mais claros alguns pontos que ainda demandam especificações e que pequenas e médias empresas também possam acessar os incentivos e recursos do programa”. METAIS NOBRES RECUPERADOS Outro exemplo de empresa que nasce a partir das oportunidades abertas pela intensificação da economia circular é a Recicli, uma startup que atua em segmentos de inovação e de sustentabilidade. No setor automotivo trabalha em parceria com a Stellantis no planejamento de um centro de reciclagem integrado de resíduos industriais complexos como eletrônicos, placas fotovoltaicas e baterias de veículos elétricos, bem como na recuperação refinada de metais nobres presentes em resíduos da produção e nos rejeitos de mineração por meio de biometalurgia, para obter metais para fabricação de veículos. O processo produtivo da Recicli inclui a separação e o refino de metais nobres com alto grau de pureza. De 1 tonelada de equipamentos eletrônicos a empresa estima recuperar cerca de 50 kg de metais nobres, com valor superior a R$ 116 mil por tonelada. Com meta de processar 4,5 mil toneladas por ano a Recicli projeta receita com a venda dos metais nobres recuperados de R$ 750 milhões por ano. O objetivo é que, com o aprimoramento da tecnologia, a capacidade de processamento dobre a cada dois anos, e que motivará a construção de novas unidades. Para a adoção da sua tecnologia a empresa planeja, em parceria com corporações transnacionais, a construção de uma usina de processamento de resíduos eletrônicos, com pelo menos quarenta colaboradores em Belo Horizonte, MG. De acordo com Flávio Pietrobon Costa, CEO e fundador da Recicli, o programa Mover pode promover a abertura de mercados e realização de fomentos e investimentos para aperfeiçoamento de tecnologias e de soluções sustentáveis, bem como o estabelecimento de linhas de reciclagem com foco em fornecer para a indústria automotiva. Flávio Pietrobon Costa, da Recicli: parceria com a Stellantis para biometalurgia de materiais recicláveis. Porto Serviço: 3 mil veículos desmontados por ano. Divulgação/Recicli Divulgação/Porto

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