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22 Setembro 2024 | AutoData EVENTO AUTODATA » NEGÓCIOS DA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA LATINO-AMERICANA Apesar dos números tímidos para o tamanho do país o especialista estima que de 50% a 55% das vendas sejam de veículos produzidos no Brasil, “mas existe uma preocupação com o fim do acordo comercial bilateral”. De acordo com Civetta o governo justificou tal movimento pela intenção de fomentar a produção local de automóveis: “A questão é que isso não condiz com a realidade”, lembrando que hoje somente a Renault tem fábrica em operação no país e a General Motors, recentemente, encerrou suas atividades. CHINESES DOMINAM O MÉXICO Mesmo sendo o sétimo produtor mundial de veículos o México tem hoje 65% de seu mercado interno de automóveis e comerciais leves formado por modelos importados. Deste total o Mercosul ocupou em 2023 uma fatia de 14,4%, bem atrás dos 30,3% da China. Trata-se de uma inversão com relação a 2005, quando o bloco liderava as importações dos mexicanos, com 34,2% do total, segundo números apresentados por Guillermo Rosales, presidente da Amda, Asociación Mexicana de Distribuidores de Automotores. A soma das exportações de Brasil e Argentina para o México foi de 248 mil veículos em 2005. Depois de dezoito anos o Mercosul mandou para lá apenas 130 mil unidades. A participação brasileira é bem maior do que a da Argentina: de 14,4% do Mercosul em 2023 o Brasil representou 13,3% das importações. O papel de liderança dos veículos chineses nas importações mexicanas acontece mesmo com apenas uma marca do país asiático no Top 10 local, a MG, que pertence ao Grupo SAIC, exatamente na décima posição. Rosales entende que este fenômeno se dá pelo fato de várias marcas tradicionais do mundo ocidental, que inclusive fabricam há muito tempo no México, trazerem carros que fazem na China para diversificar suas linhas de produtos no país, uma vez que cerca de 90% da produção mexicana é de veículos de maior valor agregado, destinados a Estados Unidos e Canadá. “De cada dez veículos da General Motors vendidos no mercado mexicano, sete são chineses”, exemplifica. “São modelos que atendem melhor ao poder aquisitivo da nossa população.” De acordo com Rosales a China está demonstrando sua competitividade não apenas no preço dos carros mas também com relação ao nível de equipamentos e às motorizações com diferentes níveis de eletrificação, incluindo híbridos convencionais e plug-in e os 100% elétricos, “sem falar da

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