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21 AutoData | Setembro 2024 interno não é suficiente então precisamos expandir as exportações e equilibrar a balança comercial que está ficando historicamente deficitária devido ao aumento desenfreado das importações”. ARGENTINA RESPIRA Principal destino das exportações do Brasil a Argentina começa a dar sinais de recuperação e de retomada na sua economia. Andrés Civetta, analista de economia e negócios da consultoria Abeceb, disse que as primeiras medidas de choque do novo governo já estão produzindo bons dividendos, como a redução da inflação mensal, de 13% em novembro para 3,8% em julho, e o fato de as reservas internacionais líquidas do país crescerem de US$ 11 bilhões negativos para US$ 8 bilhões. A atividade econômica, porém, só deverá voltar a crescer em 2025, com projeção de 4,5% de alta. No segundo trimestre deste ano houve retração de 5%, recessão ainda maior do que a queda de 1,2% no último trimestre de 2023, e a previsão é que o ano termine com diminuição de 3,3%. As projeções da consultoria para este ano indicam que haverá setores crescendo na Argentina já este ano, com destaque para petróleo e gás, mineração, agronegócio e economia do conhecimento. Já a área automotiva está no balaio das que ainda cairão em 2024, com baixa prevista de 24,7%, e que deverão retomar desempenho melhor somente em 2025, com alta estimada em 10,5%. Aprofundando os números: o mercado argentino, que fechou o ano anterior com produção de 636 mil unidades, deve atingir apenas 480 mil em 2024 e subir para 532 mil no ano que vem. Vale ressaltar que o recorde foi conquistado em 2017, com mais de 800 mil veículos produzidos. O consultor prevê que, da mesma forma que as vendas internas as exportações cairão 18,1% este ano, recuperando-se em 2025 com um avanço de 12,4%. Neste caso a queda deve-se especialmente à retração forte de alguns mercados médios da região, como Chile, Colômbia, Equador e Peru, compensada em parte pelo aquecimento no Brasil. COLÔMBIA SEM FORÇA Já o panorama do mercado de veículos na Colômbia é dos mais peculiares: apesar de o país ser o segundo maior em habitantes na América do Sul – 51,8 milhões, segundo dados de 2022 –, o total de veículos vendidos em 2023 foi de apenas 187 mil unidades, 30% a menos do que no ano anterior. Cerca da metade das vendas previstas para a Argentina, que tem população menor, com 46,2 milhões de habitantes.

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