414-2024-09

13 AutoData | Setembro 2024 Chama a atenção que dentre os dez veículos mais vendidos na Argentina não há nenhum chinês... Os importadores ainda não têm confiança para trazer carros chineses. Existem algumas marcas à venda mas nenhuma tem fábrica aqui e os volumes são muito baixos, porque quando o dólar dispara eles ficam caros e saem do mercado. Mas já esperando por mais estabilidade cambial no ano que vem acreditamos que os chineses virão com mais força assim como estão entrando em grande escala no Brasil, o que causa preocupação para a indústria nacional e seus empregos. Podemos dizer então que este ano, devido à situação do mercado no processo de lenta recuperação econômica da Argentina, os veículos produzidos na região seguirão dominando as vendas? Sim, porque são os que transmitem confiança ao mercado. Não existe volume para importados e praticamente todos os carros nas primeiras posições no ranking são nacionais. Eu acredito que aos poucos voltaremos a importar O senhor diz que a maioria dos carros importados vendidos na Argentina este ano é brasileira. E como estão as importações de marcas da China, da Coréia e do Japão? Estamos começando e bem mais lentos do que vocês que abriram as fronteiras, enquanto nós na Argentina, em 2022 e 2023, tínhamos falta de divisas e fechamos as importações, então não tínhamos produtos importados. Hoje já estão aparecendo os carros chineses. Que tipos de carros o argentino está comprando atualmente? Em julho os dois campeões de vendas foram o Fiat Cronos e o Peugeot 208, que são nacionais, porque o dólar passou de 1 mil 200 para 1 mil 400 pesos, então um cliente que tinha dólares guardados fecha o câmbio, ganha mais pesos e compra o carro nacional. Como disse, quando a desvalorização cambial é grande convém comprar o automóvel feito aqui, e quando o hiato é pequeno vale mais a pena o importado. Por isto neste momento os modelos argentinos ocupam os primeiros lugares do ranking de vendas. “ Em 2022 e 2023 tínhamos falta de divisas e fechamos as importações, então não tínhamos produtos importados. No ano passado 66% das vendas foram de veículos produzidos na Argentina, este ano, até julho, a relação se reduziu para 57%, porque os fabricantes precisam trazer mais importados para levantar a imagem e oferecer uma gama mais ampla.”

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=