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84 Agosto 2024 | AutoData HISTÓRIA » ÔNIBUS A década também foi marcada por forte crise econômica, que forçou a diretoria a adotar uma série de medidas, dentre elas a redução do quadro de pessoal e o fechamento de operações, como a Marcopolo Minas e a Eliziário, de Porto Alegre. Mas também foi uma década de avanços. Em 1986 Paulo Bellini viajou ao Japão com o objetivo de conhecer os processos de administração participativa. Ao regressar adotou novas filosofias de trabalho, tornando as fábricas referência internacional. INOVAÇÕES E INTERNACIONALIZAÇÃO Com nível significativo de exportações nos anos 1990 e 2000 a empresa iniciou um intenso movimento de internacionalização com a abertura de fábricas em outros países. Começou por Portugal, em 1991, Argentina, em 1998, e México, em 1999, com a Polomex. Alguns anos depois, abriu operação em parceria com sócio local na Colômbia, a Superpolo, e uma unidade própria na África do Sul. A expansão global permitiu aumentar a capacidade de produção e adaptar seus produtos às necessidades específicas de diferentes mercados ao redor do mundo. Também houve uma importante aquisição interna com a compra da Ciferal, do Rio de Janeiro, em 1999, que aumentou a penetração do grupo no segmento de carrocerias de transporte urbano. A internacionalização também trouxe problemas. Em 1992 a Marcopolo fez uma grande venda para o México, da ordem de 5 mil unidades, o que acelerou a produção, mas dois anos depois o país entrou em crise e as compras foram reduzidas. Para amenizar o tombo a empresa terceirizou muitas atividades e desativou praticamente toda a fábrica Planalto, transferindo a operação para Ana Rech. Ainda assim o balanço de 1994 fechou com pequeno prejuízo, o único nos primeiros quarenta anos. A crise serviu para aprimorar a gestão. O grupo contratou uma consultoria Raio-X da Marcopolo Fábricas Brasil: Ana Rech e São Cristóvão, Caxias do Sul, RS | São Mateus, ES | Apolo Polímeros em Farroupilha, RS Exterior: África do Sul, Argentina, Austrália [3], China, México, Colômbia [Superpolo] Empregados 12,6 mil no Brasil | 3,6 mil no Exterior Capacidade de produção Global: 240/dia | Brasil: 115/dia | Ritmo atual: 65/dia Produção 2023 13,3 mil ônibus | 11 mil no Brasil Produção acumulada 500 mil carrocerias em 75 anos vendidas em 140 países Exportações e produção no Exterior em 2023 Unidades exportadas do Brasil: 1 mil 371 Produção no Exterior: 2 mil 210 Principais destinos: Chile, Argentina, México, países árabes e africanos Resultados 2023 Faturamento líquido: R$ 6,7 bilhões Receita com exportações: R$ 1 bilhão Lucro líquido: R$ 810,8 milhões Ciclos de investimentos recentes R$ 300 milhões nos últimos três anos em modernização das fábricas Principais produtos Carrocerias de ônibus rodoviários, intermunicipais, urbanos e micro-ônibus, ônibus completos elétricos e híbridos, veículos leves sobre trilhos

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