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74 Agosto 2024 | AutoData HISTÓRIA » AUTOPEÇAS Após investir quase R$ 1 bilhão nas operações brasileiras no ano passado a Bosch reservou mais R$ 1 bilhão para 2024, que serão aplicados em modernização de linhas de produção, digitalização, pesquisa e desenvolvimento, novas linhas de produtos e revitalização das existentes. INOVAÇÃO GARANTE O FUTURO “A inovação está no DNA da Bosch, que investe anualmente 8% de seu faturamento global – de € 91,6 bilhões em 2023 – em pesquisa e desenvolvimento e aqui no Brasil fazemos o mesmo”, afirma Perez. É por meio desta sua já secular cultura corporativa de inovação que a empresa norteia sua evolução à frente do seu tempo, garantindo assim sua longevidade. No Brasil também tem sido assim nestes últimos setenta anos por aqui: a Bosch tem hoje 530 pessoas dedicadas a projetos de pesquisa e desenvolvimento no País e quase 1 mil colaboradores trabalham diretamente com produtos e serviços de digitalização. A empresa é uma das poucas fornecedoras do setor automotivo nacional que já habilitou projetos para receber incentivo do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação. Os investimentos na engenharia local geram resultados práticos: nos últimos dez anos a Bosch no Brasil depositou 530 pedidos de patentes de novas soluções e tecnologias, no País e no Exterior, sendo que 104 já foram concedidos e são aplicados em diferentes setores de negócios. Somente em 2023 a Bosch foi a terceira empresa privada que mais entrou com pedidos de patentes: 38 depósitos. Outro importante instrumento de desenvolvimento da engenharia local é o CTVI, Centro de Testes Veiculares de Iracemápolis, que a Bosch construiu em sociedade com a Mercedes-Benz no Interior paulista. Inaugurado em 2023, é considerado o mais tecnológico centro de testes da América Latina para desenvolver caminhões, ônibus, automóveis, comerciais leves e máquinas agrícolas. O complexo será utilizado para projetos próprios das duas empresas e também está disponível para locação por outros fabricantes de veículos e componentes. Perez entende que o futuro da Bosch, aqui e no mundo, está intimamente ligado ao avanço da digitalização de processos e tecnologias: “Para depois de 2030 está previsto que metade do valor de um carro será de seus softwares [os programas computacionais que fazem tudo funcionar], portanto é nisso que precisamos investir agora”. Dentre as iniciativas para garantir o futuro da Bosch no Brasil está o investimento em novas ideias e na formação de profissionais digitais. Neste sentido, desde 2015, funciona na subsidiária brasileira o Bosch Integrated Solutions que acolhe empresas nascentes, as startups, que já geram cerca de R$ 70 milhões por ano em novos negócios, como sistemas automatizados de plantio e pulverização para o agronegócio, plataformas digitais e desenvolvimento de softwares. Mas o que parece fazer os olhos de Perez brilharem mais é a Digital Talent Academy, que desde 2022 funciona em um espaço bem equipado de salas de aula dentro da planta de Campinas. Em um curso técnico com módulos de digitalização, automação, desenvolvimento de software, inteligência artificial e análise de dados, que inclui bolsa-auxílio e aulas de inglês, cerca de trezentos jovens de 16 a 19 anos, escolhidos a partir de 14 mil Alunos da Digital Talent Academy: formação de jovens talentos digitais.

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