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72 Agosto 2024 | AutoData HISTÓRIA » AUTOPEÇAS O executivo indica que nos próximos anos “praticamente todos os fabricantes no Brasil terão três tipos de modelos híbridos flex [leves, autorrecarregáveis e plug-in] e também elétricos puros”, abrindo boas perspectivas de fornecimento para a Bosch, mas a multinacional prefere a saída nacional, como diz Perez: “Nós não dependemos do etanol para viver, fornecemos todas as tecnologias, inclusive para elétricos puros, mas a combinação de eletrificação com etanol é a solução ideal para o Brasil”. MAIOR DO MUNDO E DO BRASIL Tanto no mundo como aqui a Bosch se transformou no maior e mais diversificado elo da longa corrente de fornecedores que sustentam de pé os fabricantes de veículos, com presença em mais de sessenta países e faturamento que se aproxima da casa da centena de bilhões de euros. Como uma das primeiras grandes multinacionais do setor de autopeças a desembarcar no País a sistemista se desenvolveu em medida igual ou até maior do que seus clientes, com faturamento e número de empregados superior ao do que alguns fabricantes de veículos leves e pesados – e quase todos estão na carteira de clientes, inclusive as montadoras chinesas que estão chegando agora ao País, como a BYD, que já compra componentes da Bosch na China. Só no Brasil a sistemista emprega 10 mil pessoas em cinco fábricas – duas delas são da divisão Bosch Rexroth, adquirida da Manesmann em 2001, que produz componentes para máquinas rodoviárias e industriais –, tem mais de 2,5 mil fornecedores e faturou, em 2023, R$ 9,8 bilhões na América Latina e o mercado brasileiro respondeu por 79% das receitas, ou R$ 7,9 bilhões, incluindo as exportações que representaram 23% das vendas. Depois de muitos altos e baixos próprios da constante instabilidade do País Gastón Diaz Perez afirma que é bastante positivo o retrospecto recente da subsidiária que dirige: “Nos últimos três anos alcançamos um forte desempenho de vendas na América Latina e no Brasil, com atividades extremamente bem-sucedidas em todos os setores de negócios, inclusive superando nossas expectativas”. O executivo destaca que, após colecionar resultados deficitários por muitas décadas na região, desde 2015 o balanço virou para o lado positivo: “Somos hoje a terceira operação mais competitiva da Bosch no mundo, especialmente para itens de média e baixa escala, que são grandes volumes para os padrões latino- -americanos. Isto aconteceu graças a ganhos internos de produtividade, cortes de custos e também pela melhoria das condições econômicas do País, com câmbio estável e inflação controlada”. Vista aérea das pistas do Centro de Testes Veiculares de Iracemápolis: novo instrumento de desenvolvimento no Brasil, em sociedade com a Mercedes-Benz.

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