70 Agosto 2024 | AutoData HISTÓRIA » AUTOPEÇAS de freios, bem como o seu ESP, sigla em inglês para programa eletrônico de estabilidade. No caminho de adaptar soluções de menor custo para o mercado nacional em breve começam a ser produzidas em Campinas câmaras para sistemas de segurança que podem funcionar sem a combinação com um radar, para ativar funções como frenagem de emergência e auxílio de permanência na faixa de rodagem. Para além de nacionalizar soluções que já existem no Exterior a sistemista também criou inovações feitas sob medida para a realidade brasileira: a maior delas, sem dúvida, foi o sistema flex fuel que torna o motor otto bicombustível, funcionando com etanol ou gasolina em qualquer proporção de mistura. O carro flex começou a ser desenvolvido pela engenharia da empresa ainda em 1992 mas foi adotado pelos fabricantes de automóveis somente a partir de 2003 – para vinte anos depois equipar mais de 80% dos veículos vendidos no País, inclusive alguns importados. Na esteira do sucesso do carro bicombustível foi lançado, em 2009, o sistema Flex Start: bicos injetores aquecidos para partida a frio com etanol, eliminando a necessidade do tanquinho para injeção de gasolina. Também houve propostas que não foram adiante, como o sistema bicombustível diesel-gás para caminhões e ônibus: “Muitas vezes propomos soluções para as quais o mercado ainda não está pronto. O flex é um bom exemplo disso, foi adotado mais de dez anos depois que apresentamos o primeiro protótipo”. VÊM AÍ OS HÍBRIDOS FLEX O sistema flex fuel acabou se tornando uma solução maior do que dar ao motorista a escolha do combustível mais barato: a nova tecnologia também promoveu aquecimento das vendas na primeira década dos anos 2000 e, hoje, transformou-se em importante alternativa de descarbonização das emissões, que deverá ser combinada com a propulsão elétrica nos híbridos flex. É mais uma oportunidade para a Bosch, segundo Perez: “Este é um dos grandes focos de nossa equipe de engenharia do País nos próximos anos. Estamos envolvidos no desenvolvimento de sistemas híbridos flex para nossos clientes, inclusive os novos fabricantes chineses que estão chegando, pois sediamos no Brasil nosso centro mundial de competência em biocombustíveis”.
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