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7 AutoData | Agosto 2024 PREFERÊNCIAS DA LIVRE INICIATIVA Fala-se, amiúde, a respeito da profissionalização da direção executiva de entidades representativas – conversa antiga pelo menos até fins de 1988, no caso da Anfavea: Carl Hahn conseguira demitir Wolfgang Sauer da Volkswagen e da Autolatina, que ficaria sem emprego nem função uns dias à frente. Ele imaginou o Conasa, de mau nome na América Latina mas que serviria aos seus propósitos mais imediatos: reuniria Anfavea, Fenabrave e Sindipeças em presidência rotativa, entidade suprasegmentada, que representaria o setor automotivo nacional. Naquele instante seria a salvação da lavoura da carreira de Sauer que, afinal, resolveu-se melhor sem ela e sem a compreensão de Jacy Mendonça, também da Volkswagen, vice-presidente da Anfavea e presuntivo sucessor de André Beer na presidência da entidade: pois Jacy informou a Sauer que não contasse com ele no apoio à nova associação. PREFERÊNCIAS DA LIVRE INICIATIVA 2 Este episódio suscitou maré de ideias a respeito dos presidentes profissionais, que me parece perfeita para circunstâncias em que o céu é de brigadeiro que nunca voou, em que o mar foi feito para o almirante Ernâni do Amaral Peixoto e a terra polvilhada de guerreiros de tabuleiro como certos que conhecemos. Realmente tenho muitas dúvidas se funciona em época de tantas dúvidas e de transição óbvia e evidente como esta que atravessamos. O primeiro passo seria o de uma entidade unida de verdade, a partir de reunião na qual os presidentes das associadas batessem os seus farelos e se manifestassem por unidos grupos de Três Mosqueteiros. Mas não acredito neste tipo de compreensão do processo à medida que existem muitos grupos de interesse. No passado era mais simples armar um grande entendimento ganha-ganha. PREFERÊNCIAS DA LIVRE INICIATIVA 3 Independente de minhas observações a questão é simples: qual é, digamos, o Zeitgeist que predomina, hoje, na Anfavea? Está pronta para este salto de qualidade? Isto é o que importa e levando em consideração as questões geopolíticas do setor de veículos no mundo todo: todo produtor é meu inimigo ou somente alguns? Até onde encrencas das matrizes devem repercutir aqui da mesma maneira, num País que não é a matriz? Tipo: o governo brasileiro deve ser pressionado a boicotar empresas nativas de país amigo? A livre iniciativa serve a todos ou tem suas preferências? São perguntas para um mundo grande em busca de respostas. CLIMA PARA GOLPE 1 O site Capitalista Visual buscou aferir a satisfação da população de 26 países com o que chama de democracia por meio de pesquisa realizada pelo Pew Research Center. Na América do Norte o resultado mostrou o seguinte: 52% no Canadá, 50% no México e 31% nos Estados Unidos estão satisfeitos. Na América do Sul: 44% no Brasil e na Argentina, 30% no Chile, 21% na Colômbia e 11% no Peru. Na Europa: 75% na Suécia, 58% na Holanda, 55% na Alemanha, 49% na Hungria, 39% no Reino Unido, 35% na França, 30% na Itália e na Espanha, 22% na Grécia. CLIMA PARA GOLPE 2 No que diz respeito à Ásia o resultado da pesquisa mostrou que estão satisfeitos 80% da população de Singapura, 77% da Índia, 64% da Tailândia, 57% das Filipinas, 51% da Malásia, 38% do Sri Lanka, 36% da Coréia do Sul e 31% do Japão. No caso da Austrália 60% da população aprovam a sua democracia.

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