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» EDITORIAL AutoData | Agosto 2024 Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição André Barros, Caio Bednarski, Roberto Hunoff, Soraia Abreu Pedrozo Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR/divulgação Capa Foto divulgação/VW Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, bloco 5, 4º andar, sala 434, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora autodataseminarios autodataseminarios Por Pedro Kutney, editor O barco das exportações está afundando Sempre que as exportações afundam – e elas sempre caem mais do que sobem – vêm à tona desse naufrágio as muitas mazelas da falta de competitividade internacional do País e, em particular, de sua indústria mais pujante: a automotiva. São velhos e conhecidos problemas, sempre endereçados nos discursos de executivos do setor e de representantes dos governos de plantão. Todos dizem ser essencial transformar o Brasil em um polo de exportação de veículos, por dois motivos: aumentar o saldo positivo da balança comercial do País com mais vendas externas de bens de maior valor agregado e ocupar os muitos espaços ociosos das fábricas brasileiras, que hoje têm capacidade para abastecer a América Latina inteira mas mal trabalham com metade deste potencial. Apesar dos muitos discursos em defesa deste posicionamento pouco se faz na prática para tirar do buraco as vendas externas de veículos brasileiros, que seguem afundando aos mais baixos níveis de dois anos para cá. O fato é que poucos fabricantes produzem carros exportáveis, com alcance limitado a pequenos mercados latino-americanos, de baixos volumes e sempre em crise. As deficiências nacionais tributárias e logísticas tratam de puxar ainda mais para baixo o barco das exportações. Para piorar os principais países clientes de carros brasileiros estão sendo inundados por produtos chineses equivalentes ou superiores em qualidade e tecnologia – e que custam menos. A extensa reportagem de capa desta AutoData mostra o beco sem saída no qual estão metidas as exportações de veículos brasileiros. Ainda que seja difícil é urgente tomar medidas práticas para que esta parcela importante da indústria nacional não fique vendo navios chegarem carregados de carros importados e partirem vazios. Para começar é preciso investir naquilo que sabemos fazer melhor, para ganhar diferencial competitivo mais independente de movimentos econômicos efêmeros. Nesse sentido pode-se aproveitar bons exemplos como o da indústria nacional de ônibus, que na Lat.Bus Transpúblico deste ano mostrou que é capaz de produzir veículos de qualidade internacional, inclusive elétricos e híbridos inovadores. Esta AutoData retrata este movimento e conta a história de 75 anos do maior representante deste segmento, a Marcopolo. Também contamos o bom exemplo de como uma centenária empresa alemã que chegou ao Brasil há setenta anos, a Bosch, ajuda a construir o futuro do setor automotivo nacional. E por falar em bons exemplos eles não faltam dentre as empresas, produtos e personalidades indicados ao Prêmio AutoData deste ano, cuja votação para escolher os melhores dos melhores começa assim que esta revista estiver publicada. Boa leitura e boas esperanças.

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