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28 Agosto 2024 | AutoData EVENTO » LAT.BUS TRANSPÚBLICO 2024 preço de um ônibus a diesel, com a vantagem de poder financiar 100% do valor com linhas com juros subsidiados”. O problema maior enfrentado até o momento é a falta de infraestrutura de recarga, com o impasse na instalação de redes de alta tensão para as garagens, com custo em torno de R$ 80 milhões a R$ 120 milhões e prazo de dois a três anos para completar todo o processo. É justamente isto o que atrasou o plano de São Paulo de integrar 2,6 mil ônibus elétricos à frota da cidade em 2024 e 2025, número que por falta de infraestrutura de recarga será reduzido a, no máximo, quinhentas unidades até o ano que vem. Trata-se de uma trapalhada do poder público municipal: já estava certo que a Enel faria este investimento em São Paulo em troca da exclusividade para vender energia para as empresas operadoras de ônibus, mas após os problemas de cortes de energia no início do ano e com a proximidade das eleições a Prefeitura tomou para si o protagonismo de instalar a rede de alta tensão, sem saber como fazer isto, atrasando todo o processo. A falta de planejamento trouxe um problema adicional: a falta total de renovação da frota municipal de 13 mil ônibus, a maior do País, nos últimos dois anos, pois no fim de 2022 a SPTrans proibiu os operadores de comprarem ônibus a diesel para renovar suas frotas, obrigando assim à aquisição de elétricos. Como a infraestrutura de recarga não foi instalada os frotistas não puderam comprar nem elétricos e nem veículos a diesel, provocando o envelhecimento da frota com consequente aumento de custos e da poluição. “Para manter eficiência em custos de combustível e de manutenção os operadores, historicamente, todos os anos renovam de 8% a 10% das frotas. No caso da cidade de São Paulo isto significa a compra de aproximadamente 1,3 mil ônibus por ano, o que não acontece há dois anos”, aponta Barbosa. “Por isto parece inviável continuar com a proibição de comprar ônibus a diesel, a SPTrans terá de flexibilizar, permitindo a renovação com diesel e elétricos.” [Com reportagens de André Barros, Caio Bednarski e Soraia Abreu Pedrozo] A Marcopolo apresentou o Volare Attack 9: elétrico híbrido flex com motor Horse e gerador WEG. Divulgação/MLat.Bus Divulgação/Marcopolo

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