25 AutoData | Agosto 2024 Trata-se do maior veículo elétrico do mundo, com dois motores de 200 kW cada instalados na parte central do chassi, totalizando potência equivalente a 540 cv. O câmbio automatizado de duas velocidades é baseada na transmissão Volvo I-Shift. Pode ser equipado com seis ou oito pacotes de baterias, que garantem autonomia de até 250 quilômetros. O BZRT já é o segundo ônibus elétrico trazido ao Brasil pela Volvo. O primeiro foi o BZR, também exposto da Lat.Bus, um chassi de 13m20 para levar até noventa passageiros, que já está em testes no Brasil desde o fim de 2023. Por enquanto ambos são importados mas o Grupo Volvo já separou R$ 250 milhões, de seu plano de investimento de R$ 1,5 bilhão no Brasil até 2025, para nacionalizar a produção dos dois chassis em Curitiba, PR. Ana Westerberg, presidente global da Volvo Bus, afirmou que o Brasil e os mercados latino-americanos vizinhos são dos mais importantes para a empresa no mundo e que, portanto, é natural trazer para cá os produtos mais avançados: “Já temos mais de 6 mil ônibus elétricos circulando em mais de vinte cidades e queremos introduzir a mesma tecnologia aqui. Desenvolvemos esta nova plataforma elétrica durante a pandemia: só agora estamos lançando em algumas cidades europeias e já trouxemos para mostrar na Lat.Bus”. “Esta Lat.Bus é especial para nós porque trouxemos toda a experiência da Volvo Bus para a América Latina, com as soluções mais seguras, eficientes e sustentáveis que temos no mundo”, afirmou André Marques, presidente da Volvo Bus América Latina. NOVOS PLAYERS ELÉTRICOS A Volkswagen Caminhões e Ônibus também trouxe o seu primeiro chassi elétrico para a Lat.Bus, o e-Volksbus 22L, cujo protótipo em testes já havia sido apresentado no ano passado. O veículo já está pronto para entrar em produção comercial em Resende, RJ, e as encomendas foram abertas durante o evento, ao preço aproximado de R$ 3 milhões. A ideia é colocar, até o fim do ano, cerca de dez unidades em frotas de clientes para avaliação. O e-Volksbus 22L de 13m20, com capacidade para levar até 82 passageiros, foi desenvolvido no Brasil com base na experiência do caminhão elétrico da VWCO, o e-Delivery, lançado em 2021. O chassi também é produzido pelos parceiros do e-Consórcio, mas com índice de nacionalização menor, pois o motor de 360 cv ainda é importado, assim como as baterias, que podem ser configuradas em oito a doze módulos para autonomia de 250 quilômetros a 350 quilômetros. Quem também trouxe seu primeiro chassi elétrico para a Lat.Bus foi a Scania, que começará a produzir o K230E em São Bernardo do Campo a partir de março de 2025, com investimento já aprovado de R$ 60 milhões, parte de seu plano de R$ 2 bilhões no Brasil até 2028. A empresa já começou a receber encomendas durante o evento. “O elétrico complementa nossa jornada para um futuro eclético, com ofertas também de veículos a gás e a diesel mais eficientes”, observa Alex Nucci, diretor de vendas da Scania Brasil. Marcelo Gallão, diretor de desenvolvimento de negócios, conta que o ônibus foi desenvolvido levando em conta as necessidades brasileiras: “Escolhemos o chassi K por ser mais robusto e adaptável a todas as aplicações de carrocerias no Brasil, com os mesmos pontos de encarroçamento para modelos urbanos ou rodoviários”. A VWCO já está pronta para produzir o e-Volksbus, seu primeiro chassi elétrico Divulgação/VWCO
RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=