64 Julho 2024 | AutoData INDÚSTRIA » INVESTIMENTO Possobom também confirmou que a plataforma MQB Hybrid, sobre a qual serão fabricados modelos híbridos flex leves, puros ou plug-in, será introduzida em todas as fábricas de montagem final da Volkswagen no Brasil, incluindo as paulistas São Bernardo e Taubaté e a paranaense São José dos Pinhais. Mas o executivo manteve sigilo sobre o cronograma dessa introdução, que deve se estender de 2025 a 2028, quando termina o ciclo de investimento. INCENTIVO À CADEIA Segundo Alexander Seitz, chairman executivo da Volkswagen América do Sul, a chegada do Virtus e da picape às linhas de São José dos Pinhais deve impulsionar a cadeia de fornecedores do Estado. Atualmente 54 empresas fornecem peças direta e indiretamente à planta, que no ano passado comprou R$ 5 bilhões em componentes, algo em torno de 20% do orçamento total de compras da fabricante no Brasil. “Continuaremos fazendo de São José dos Pinhais um hub de exportação de tecnologia do Paraná para o mundo”, disse Seitz. “O aumento dos volumes produtivos também impulsiona a cadeia local de fornecedores no Paraná, gerando desenvolvimento econômico, tecnológico e social para o Estado.” O T-Cross, fabricado na unidade, atualmente é exportado para dezessete países da América Latina. Com o Virtus a tendência é ampliar o movimento no Porto de Paranaguá, que em 2023 movimentou mais de 36 mil veículos, importações e exportações. Atualmente o sedã é enviado para treze países: Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Curaçao, Equador, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru, St Marteen e Uruguai. NOVA PICAPE Até 2028 São José dos Pinhais começa a produzir seu terceiro Volkswagen: uma picape ainda inédita. Pouco foi revelado a respeito do utilitário, que também será exportado, mas é sabido que a Volkswagen planeja há tempos lançar uma picape de tamanho intermediário, entre a pequena Saveiro e a média Amarok. As possibilidades apontam para o projeto Tarok, uma picape-conceito apresentada com este nome em 2018, no último Salão do Automóvel de São Paulo. À época esperava-se que o modelo, também construído sobre a plataforma MQB, seria o último dos vinte lançamentos prometidos pela empresa em seu plano anterior de investimento, de R$ 7 bilhões no período 2017-2020. Especulava-se também que a Tarok seria produzida na Argentina ao lado do Taos, então conhecido como projeto Tarek, derivado do SUV Karoq lançado anos antes pela Skoda, marca da República Tcheca que também pertence ao Grupo VW. Nenhuma das hipóteses se confirmou e a Volkswagen, em seu novo plano de investimento, decidiu encaminhar o projeto para a fábrica do Paraná: “O que posso adiantar sobre a picape é que ela é completamente nova”, limita-se a dizer Possobom. Picape-conceito Tarok apresentada em 2018: projeto mais provável de produção da Volkswagen no Paraná.
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