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61 AutoData | Julho 2024 Linha de produção da GM em Gravataí: terceiro produto em 2026. da geração atual, em 2019, e introduzir um terceiro modelo na linha para compartilhar a plataforma, com dimensões e powertrain semelhantes, incluindo a motorização turboflex 1.0 e 1.2 e uso de propulsão elétrica híbrida auxiliar, mas com design distinto, que adota linhas mais robustas próprias de um SUV. Em tese o novo produto da GM deverá competir na faixa de tamanho e preço com modelos como Renault Kardian e Fiat Pulse, em segmento que está ficando cada vez mais congestionado no mercado brasileiro com novos participantes a serem lançados nos próximos dois anos, incluindo futuros Volkswagen e Toyota. ENGENHARIA BRASILEIRA Sem dizer qual é o segmento do novo produto Fábio Rua, vice-presidente da GM América do Sul, limitou-se a confirmar que o desenvolvimento está sob a liderança da engenharia na região: “O projeto está adiantado. Já existe um design muito próximo do final. Estamos liderando este projeto globalmente”. É caminho parecido já seguido há dois anos com o desenvolvimento da picape Montana, desenvolvida no Brasil sobre a plataforma GEM. O executivo também indicou que o novo Chevrolet tem ambições internacionais: “Inicialmente o foco é o mercado interno, mas vamos explorar outros países da América Latina e não descartamos exportar para outras regiões”. Além da categoria em segmento que ainda não atua o novo veículo também terá “propulsão ainda mais eficiente e inovadora”, segundo Rua, sugerindo que alguma eletrificação poderá ser adotada. De acordo com o vice-presidente ainda este ano a GM anunciará a segunda etapa de seu ciclo de investimentos no Brasil, que tem o propósito de renovar toda a linha de veículos da fabricante no País, mas que ainda depende de alguns fatores para seguir adiante: “Esta segunda fase para o período de 2024 a 2028 está atrelada às regulamentações do Mover e também do texto final da reforma tributária”. PRESENTE DE ANIVERSÁRIO O anúncio de investimento chegou como presente de aniversário para a fábrica de Gravataí, que em 20 de julho completa 24 anos de operação, após passar por três expansões e receber investimentos que somam R$ 4,5 bilhões. A unidade, inaugurada em 2000, já produziu mais de 4,7 milhões de veículos e deverá chegar aos 5 milhões até 2025, quando a GM irá comemorar seu centenário no Brasil. Primeira planta industrial da GM fora do Estado de São Paulo, a fábrica de Gravataí foi construída sob os incentivos do Regime Automotivo, lançado pelo governo federal em 1995, e inaugurou no País o modelo produtivo de condomínio industrial, reunindo os principais fornecedores na mesma área. Desde o início da operação a GM sempre concentrou em Gravataí a produção de seus carros de maior volume, os mais baratos e mais vendidos no País, a começar pelo Celta, resultado do projeto Blue Macaw, ou Arara Azul, desenvolvido no Brasil e produzido até 2015. Em 2006 o hatch ganhou a companhia de sua variação sedã, o Prisma, e em 2012 chegou o campeão de vendas Onix, outra criação brasileira, que em 2013 passou a compartilhar sua plataforma com o Prisma. Depois de 2015 só os dois permaneceram em produção no Rio Grande do Sul, com uma renovação de design e a migração para a plataforma GEM em 2019, que mudou o nome do sedã para Onix Plus.

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