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41 AutoData | Julho 2024 Nos anos 1980 o negócio evoluiu para uma oficina mecânica e venda de peças, rebatizada de Irmãos Librelato. O foco na produção de carretas e carrocerias aconteceu em 1992 com a criação formal da Librelato Implementos Agrícolas e Rodoviários. Mas, como queria Berto Librelato, este era só um dos negócios que deixaria aos filhos, pois àquela altura ele já somava contratos sociais de engenho de açúcar, engenho de farinha, alambique de cachaça, marcenaria e esmaltaria. DIVERSIFICAÇÃO E LIDERANÇA E, hoje, o conglomerado administrado pelos filhos totaliza 3,9 mil funcionários, sendo 3,2 mil somente nas quatro fábricas da Librelato, três em Santa Catarina, em Criciúma e nas vizinhas Içara e Orleans, além de Itaquaquecetuba, SP, em unidade recém-adquirida da Ibero. “Se ficássemos todos focados no mesmo negócio não teríamos isso hoje”, assinala Aloir Librelato, filho de Berto e hoje presidente do conselho de administração da companhia, referindo-se às indústrias de plástico, asfalto e cerâmica da família, além da produção de carretas. “Cada geração tem de ter um líder, meu pai foi líder da Librelato, depois meu irmão José Carlos e, agora, eu. Nós tocávamos uma madeireira em sociedade no Mato Grosso, com atividades de fabricação de portas, transporte e depósitos pelo Brasil”, conta Aloir, que após a morte de José Carlos vendeu o negócio e incorporou seu capital à Librelato, da qual sempre foi sócio, mas nunca tinha assumido o comando, o que aconteceu em 2013. “Não tenho dúvida nenhuma que os princípios do seu Berto Librelato, adaptados à nossa experiência e ao que eu penso, com o conceito de família, nos levará longe, para que a empresa torne-se centenária. A relação familiar dá certo, mas sempre com um líder, se não tiver um líder não funciona.” Mas o empresário pondera que não é preciso estar na operação, uma vez que domina tudo que os seus diretores fazem e que, portanto, preocupa-se mais com estratégias de expansão. DA CRISE AO CRESCIMENTO Após a morte do irmão veio a recessão econômica, que Aloir chamou de “teste de fogo”. O período foi marcado pela demissão de mais de 1 mil funcionários para preservar o caixa. Mas depois da tempestade veio a bonança e a Librelato voltou a crescer. Hoje o empresário afirma que detém traquejo e preparo para duplicar o faturamento da empresa em cinco anos, dos atuais R$ 3,1 bilhões para R$ 6 bilhões. Para chegar a este futuro Aloir aposta na experiência do passado: “Nós nos robustecemos. E uma empresa leva muitos anos para se robustecer. Passa por crises Fotos: Divulgação/Librelato

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