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35 AutoData | Julho 2024 máquinas e dos riscos de falhas, o que permite reduzir a ocorrência de paradas na linha de produção. Em uma segunda linha a Fundep desenvolveu o projeto Do Berço Ao Portão, para medir a pegada de carbono de veículos leves fabricados no Brasil desde a extração da matéria-prima, produção de insumos e fabricação do produto até sua entrega ao mercado. A ideia é mapear as principais fontes de emissões de CO2 e oportunidades de redução, bem como identificar as diferenças em relação à produção de veículos em outros países. A padronização que este estudo trará será fundamental para adotar métodos de medição de emissões dos veículos em um ciclo mais amplo de sua vida, dando subsídios ao escalonamento de metas de descarbonização e incentivos do Mover, conforme explica a gerente: “Este projeto constrói uma espécie de calculadora que mostra o impacto de gases poluentes que são gerados na construção dos veículos, desde a manufatura até a hora que ele sai da concessionária. Então é do berço até o portão, fazendo estudos de cada fase. O governo poderá, com base nesses dados, criar legislações para regulamentação”. A Fundep ainda fez aporte de R$ 34,5 milhões, com 43 empresas envolvidas, em quatro projetos que envolvem biocombustíveis, segurança e sistemas de baterias. Por fim, na linha de Conectividade Veicular, a fundação da UFMG desenvolveu o que chama de Aprendizado Federado, que possibilita soluções baseadas em aprendizado de máquina. É considerado um projeto que tem um caráter de inovação altíssimo em conectividade sem comprometer dados sensíveis. Ana Eliza antecipa que no fim de julho a Fundep, junto com o Senai, anunciará uma cooperação institucional para o lançamento de uma chamada de projetos estruturantes para a cadeia automotiva, com valor de mais de R$ 200 milhões. FINEP COSTURA PARCERIAS Nos últimos cinco anos a Finep, Financiadora de Estudo e Projetos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, gerenciou 71 projetos do Rota 2030 e registrou R$ 228,5 milhões de captação total. Mauricio Syrio, superintendente de inovação e coordenador do Programa 2030 na Finep, observou empresas do setor automotivo trazendo para o Brasil pesquisas que eram feitas fora: “Temos uma engenharia de qualidade, com tradição no setor automotivo e um custo mais barato do que um engenheiro norte-americano, japonês ou europeu. São vantagens competitivas”. A iniciativa de maior expressão foi o Programa Finep 2030, com o objetivo de estimular, orientar e promover a criação de uma rede de ICTs para atuar nos segmentos de segurança veicular, proteção ao meio ambiente, eficiência energética e qualidade de veículos e autopeças. “Estamos contratando dezoito projetos do último ciclo, o quinto, que são R$ 60 milhões. Vamos gastar tudo o que arrecadamos”. Dos projetos mais avançados do ponto de vista tecnológico a Finep financiou o desenvolvimento de um compósito nanoestruturado à base de grafeno, para a Divulgação/Senai

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