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30 Julho 2024 | AutoData MERCADO » TAXAÇÃO A volta imediata do II, Imposto de Importação, de 35% sobre veículos elétricos e híbridos para já é a discussão da vez no mercado automotivo brasileiro, desde que o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, anunciou durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2024, realizado na última semana de junho, que a entidade encaminhou ao governo pedido para aumentar o quanto antes a alíquota, “para proteger a produção local da invasão de produtos chineses no mercado”. A proposta provocou reação contrária imediata dos importadores, que acusam a associação dos fabricantes de querer a mudança das regras do jogo quando este já está sendo jogado. Após muitas pressões, no fim de 2023, o governo já tinha determinado a retomada do imposto para carros eletrificados, que desde 2015 estava zerado para elétricos e era reduzido a 4% para híbridos. A reoneração foi estabelecida de forma gradual, em quatro fases de aumento iniciadas em janeiro passado que vão elevando a alíquota até os usuais 35% somente em julho de 2026 (veja tabela). Mas a Anfavea alega que sempre defendeu a volta da tarifa de 35% e considera o escalonamento da taxação insuficiente para barrar a onda de carros chineses importados, que este ano, só no primeiro semestre, responderam por 26% das importações de veículos no País, com 51,7 mil emplacamentos, sendo 87% deles de apenas duas marcas: BYD [63%] e GWM [24%], que prometem começar a produzir seus modelos em fábricas brasileiras a partir do fim deste ano. Para importadores e outras empresas envolvidas no ecossistema automotivo as regras devem ser mantidas como estão, uma vez que qualquer alteração com o jogo em andamento trará uma série de questionamentos e efeitos negativos ao País. PRESSÃO CONTRÁRIA A ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, a Abeifa, entidade que representa os importadores de veículos, e a BYD, empresa que está investindo no País Por Caio Bednarski Importadores reagem contra pedido de aumento de imposto Pedido da Anfavea ao governo para elevar já para 35% a alíquota de importação sobre veículos elétricos e híbridos gera pressão contrária imediata de representantes das marcas importadas mas atualmente só importa seus modelos eletrificados vendidos por aqui, defendem que um movimento como o proposto pela Anfavea trará grande insegurança jurídica, afastando novas marcas e afetando o consumidor final, que encontrará preços mais altos nas revendas quando quiser adquirir um veículo elétrico ou híbrido vindo da China ou de qualquer outro país. Ricardo Bastos, presidente da ABVE, afirmou que é importante que o governo mantenha as regras como foram definidas para não causar ruídos e uma possível retração na demanda por veículos híbridos e elétricos, que estão em franco crescimento no País: “Eu tenho a certeza de que isto não acontecerá. O governo federal concorda

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