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29 AutoData | Julho 2024 Carlo Martorano, AGCO Carlos França, Case Construction Sérgio José Kramer, diretor da Eaton responsável pelos negócios de transmissões e veículos comerciais, também participou do painel e disse que a projeção da empresa para o aftermarket é de alta de 10% em 2024, enquanto no segmento de caminhões e ônibus a empresa espera acompanhar o crescimento projetado em torno de 29%. Oportunidades de exportação também estão no radar, uma vez que a operação local é muita competitiva em alguns tipos de componentes, como válvulas para motores e componentes de eixos. Sobre o Brasil se tornar um polo de exportação de motores a combustão e seus componentes, Kramer avalia que é um caminho possível mas dependente das decisões dos clientes, os fabricantes de veículos: “Em termos de exportação indireta dependeríamos das montadoras para o Brasil se tornar um hub de produção de motores de combustão interna. Podemos fornecer a fabricantes e isto pode se tornar uma alternativa interessante”. MÁQUINAS No setor de máquinas os cenários são distintos e opostos para o segmento de construção e o agrícola. O primeiro deverá registrar vendas de 31 mil a 34 mil equipamentos, volume que representa um bom desempenho para as máquinas rodoviárias e na comparação com 2023 deverá apresentar estabilidade, com uma pequena variação positiva ou negativa de 1%, segundo Carlos França, responsável pela Case Construction América Latina, uma divisão do Grupo CNH. O executivo disse que o mercado nacional vive um bom momento e tem perspectivas positivas para os próximos anos, arriscando até uma projeção de alta de 5% para 2025 sobre 2024. A expansão se mostra cada vez mais sustentável, segundo França, apontando que no Brasil ainda existe muito trabalho de infraestrutura que demandará máquinas. Carlo Martorano, vice-presidente de compras da AGCO, empresa fabricante das máquinas agrícolas Massey Ferguson, Fendt e Valtra, disse que a empresa usa como base as projeções da Abimaq, que apontam para um recuo nas vendas de 18% na comparação com 2023, sendo que a expectativa em janeiro era de queda de 11%. Alguns fatores podem ajudar o segmento agrícola a avançar mais no segundo semestre, caso do anúncio do novo Plano Safra 2024/2025, divulgado nos primeiros dias de julho com linhas de crédito para financiar as colheitas no País que totalizam mais de R$ 400 bilhões. “É um ponto muito importante que atrasou quase um mês, isso retarda a decisão de investimento dos agricultores, que aguardam para saber as condições e os valores que serão liberados”, ponderou Martorano.

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