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16 FROM THE TOP » MÁRCIO DE LIMA LEITE, ANFAVEA Julho 2024 | AutoData No total estamos falando de mais de R$ 130 bilhões, que devem estar bem perto de R$ 140 bilhões, somando o que foi confirmado e os novos investimentos. O certo é que mais de R$ 100 bilhões são aportes novos, o que de qualquer forma já é o maior investimento da história da indústria automobilística no Brasil. A única das regulamentações do Mover já feita foi aprovada antes até da votação da lei que criou o programa: são as regras que determinam como as empresas podem se habilitar para acessar créditos tributários para financiar seus projetos que somam R$ 19 bilhões nos próximos cinco anos. O senhor comemorou muito essa regulamentação, dizendo ao presidente Lula que “a indústria automobilística está de volta”. Mas já tem gente dizendo que não é tanto dinheiro assim, que é pouco pelo que a indústria precisa. Os recursos são suficientes? Ajudam muito. Quando eu disse ao presidente Lula que a indústria automobilística está de volta é porque a grande questão era a previsibilidade que nós precisamos para fazer os investimentos. Mas para habilitar [projetos] ao Mover [e acessar os créditos] a indústria vai precisar investir R$ 60 bilhões, no mínimo. É preciso lembrar também que quando falamos em investimento no setor automotivo nós olhamos muito para o setor de autopeças, porque nunca seremos competitivos se não tivermos fornecedores de componentes de Primeiro Mundo. E este programa incentiva a academia, os engenheiros e o setor de autopeças a produzirem no Brasil. “ A Anfavea trabalha com todas as tecnologias desde que seja privilegiada a produção local. Nós defendemos os empregos, a indústria brasileira, a academia, mas a nossa bandeira principal é a descarbonização.” A lei que criou o Mover está atrelada a três grandes regulamentações. Até o fim de junho só foi realizada esta regulamentação de incentivos aos projetos das fabricantes de veículos e de autopeças. Por que foi dada essa prioridade? Porque precisamos ter investimentos em produção de tecnologia no País. Estávamos vendo a migração de engenheiros para os Estados Unidos, para a Europa, outros países, isto não é bom para o País. Quando discutimos investimentos com as matrizes nós disputamos recursos não só para a produção local, mas também para engenharia, conhecimento. E essa regulamentação coloca o Brasil nessa disputa, para geração de conhecimento. Isso fortalece a indústria e o conhecimento nacional. Com a adoção pelo Mover da medição de CO2 do poço à roda, que contabiliza as emissões desde a produção do combustível até sua utilização, fala-se que a meta de eficiência energética a ser estipulada até 2028 deverá impor uma melhoria em torno de 11% a 12% em relação ao que foi alcançado na

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