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13 AutoData | Julho 2024 Este foco só existe porque o Brasil tem grande produção e utilização de biocombustíveis, por uma questão natural e do próprio desenvolvimento técnico que o País alcançou. A Anfavea trabalha com todas as tecnologias desde que seja privilegiada a produção local. Nós defendemos os empregos, a indústria brasileira, a academia, mas a nossa bandeira principal é a descarbonização. Se a descarbonização se dá com o mix de etanol, biocombustíveis, o elétrico, ótimo, todas as rotas tecnológicas são bem-vindas, mas o que defendemos mais é a descarbonização. O que se coloca em relação aos elétricos é que a nossa realidade ainda é um pouco distante para se ter aqui um volume de produção que seja representativo. E quando falamos do veículo 100% a etanol, é ótimo, mas será que o consumidor quer? O que nós defendemos é uma política de governo para aumentar a utilização de etanol. Os fabricantes que estão chegando agora ao Brasil, caso da BYD e GWM que prometem começar a produzir aqui, argumentam que seria mais justo propor ao governo que o imposto de importação fosse aumentado somente para as empresas que não pretendem investir em fábricas no país. Não poderia ser estabelecido um prazo de isenção enquanto essas empresas constroem fábricas? Em 2015 houve uma redução a zero da tarifa para veículos elétricos, que foi mantida assim até dezembro do ano passado. O que pedimos é que volte aos 35% como sempre foi, ninguém propôs uma taxação adicional como aconteceu com o super-IPI do Inovar-Auto, de 30 ficou assim durante décadas. E agora, quando atingiu a maturidade e produz 30 milhões por ano, reduziu o imposto, mas já está discutindo aumentar novamente. Importadores e jornalistas acusam a Anfavea e o Mover de focar excessivamente nos carros flex e nos híbridos flex, mas a maioria usa apenas gasolina. Não seria o caso de incluir no IPI Verde proposto pelo Mover apenas os motores 100% a etanol em conjunto com a eletrificação?

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