7 AutoData | Junho 2024 veículos: na minha caderneta, e na de Boris Feldman, por exemplo, Rogelio aparece como um dos seus memoráveis presidentes. Mas... exatamente por que? Pelas razões lá de cima: porque compreende o negócio, porque gosta de carros, porque faz direitinho a sua lição de casa, porque apesar de engenheiro mantém mente aberta pras novidades. Porque pede a opinião de jornalistas a respeito de tudo e de qualquer coisa: de vez em quando acertaram juntos. Porque avança além das suas presumidas capacitações e competências e agrega novos conhecimentos. Porque normalmente não mente – apenas tergiversa – e, de preferência, que eu saiba, pediu apenas uma cabeça de jornalista e recebeu sonoro não na cara. Merecidamente. LEÕES E CACHORROS GRANDES 4 Nestas páginas alguém já escreveu que a importância da indústria de veículos, hoje, é proporcional à qualidade média de seus executivos. Alguém também já escreveu que vivemos processo de júniorização de talentos, que ascendem com muita facilidade, e sem severidade, a postos de decisão e que se tornam, sem perceber, apenas mais uns em jogo que já foi de leões, de cachorros grandes, como o descrevia Herbert Demmel. Pois Rogelio Golfarb jogou no time dos leões e dos cachorros grandes. AINDA BOAS NOTÍCIAS Claro. A taxa de juros sobre financiamentos de veículos continua pela hora da morte mas levantamos um hurra àquele pessoal do Banco Central que prefere restringir crédito a vender veículos. Passei hoje à tarde, segunda-feira, 10 de junho, pelos entulhos da Velha Anfavea da avenida Indianópolis, agora tornada área livre pelas mãos de competente empresa demolidora – já já teremos, ali, mais um arranha-céu. E me lembrei de quando trabalhei lá, para a indústria e para o presidente da entidade, em esforços para que o mercado crescesse uns 15% ao ano. Já naqueles tempos financiamentos eram imprescindíveis para o crescimento do mercado interno mas boa parte das empresas fica feliz, hoje, com resultados financeiros. Mas a boa notícia, mais uma vez, é gerada pelo IBGE. AINDA BOAS NOTÍCIAS 2 De acordo com informações do Censo de 2022 divulgadas em maio a boa notícia é a de que caiu de 9,6%, em 2010, para 7%, em 2022, a taxa de analfabetismo no Brasil. No miúdo dos números este resultado significa que cerca de 2,5 milhões de cidadãos, de 15 anos ou mais, não são mais analfabetos – em 2010 eram 13,9 milhões. A MÁ NOTÍCIA A má notícia está dentro da boa notícia: ainda temos 11,4 milhões de brasileiros, a partir dos 15 anos de idade, que não lêem nem escrevem. De acordo com o Censo 2022 idosos, pretos e pardos, e moradores da Região Nordeste, formam o grosso desta vergonha nacional.
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