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53 AutoData | Junho 2024 Fábrica de motores GSE turbo em Betim: R$ 454 milhões para dobrar a capacidade para 1,1 milhão/ano. Jeep Renegade, Compass e Commander, e as picapes Fiat Toro e Ram Rampage. A unidade deverá fabricar novos modelos, inclusive com sistemas de propulsão híbridos flex, e tem o objetivo de adensar sua cadeia de suprimentos na região: a meta é aumentar dos atuais 38 para cem os fornecedores instalados nas proximidades até a virada da década. Em maio a Stellantis fechou a conta ao informar que o polo automotivo de Betim, MG, receberá a maior parte do investimento: R$ 14 bilhões, o maior aporte já feito na mais antiga unidade da operação, inaugurada em 1976 com o Fiat 147, que tornou-se a sede brasileira e maior fábrica da marca italiana no mundo, com a produção de seis modelos atualmente – Strada, Argo, Mobi, Pulse, Fastback e Fiorino. E uma semana depois, sem nenhuma surpresa matemática, foi anunciado o destino dos R$ 3 bilhões restantes do plano brasileiro: Porto Real, RJ, fábrica originalmente inaugurada pelo Grupo PSA, em 2001, para produzir modelos Peugeot e Citroën, que passou a integrar o Grupo Stellantis após a fusão com a FCA, em 2021. Atualmente a unidade produz os Citroën C3 e Aircross, e em breve inicia a produção do Basalt. O investimento trará mais um carro para a unidade, de marca ainda a ser confirmada. R$ 454 MILHÕES PARA MOTORES Antes de ser iniciada a aplicação dos R$ 14 bilhões em Betim, a partir de 2025, já este ano a fábrica recebe R$ 454 milhões que, segundo a Stellantis, ainda fazem parte do programa antigo, de R$ 16 bilhões anunciados pela então FCA em 2018. O recurso extra está sendo usado para ampliar a capacidade da planta de motores GSE turbo de Betim para 1,1 milhão de unidades/ano. A linha foi inaugurada em 2021 com investimento de R$ 500 milhões da FCA e seus fornecedores e já fornece motores turboflex 1.0 e 1.3 para veículos de diversas marcas, incluindo os Fiat Pulse, Fastback e Strada, os Jeep Renegade, Compass e Commander e, mais recentemente, o Citroën Aircross. Segundo Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis América do Sul, a empresa transferirá “alguns ferramentais de uma fábrica” de motores na Europa que está sendo desmobilizada: “É uma operação normal de unidades da empresa, com o objetivo principal de dobrar a capacidade de produção de motores que precisaremos para os novos produtos e também para exportações que deveremos fazer a partir daqui”. A manobra financeira para esticar um investimento que já tinha esgotado seus recursos no ano passado, segundo havia confirmado Antonio Filosa, a quem Cappellano sucedeu no fim de 2023, foi executada sob medida oportunista para aproveitar os incentivos do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, que contempla a transferência de linhas de produção do Exterior para o Brasil. Só este ano o Mover direciona créditos tributários no total de R$ 3,5 bilhões para financiar projetos dos fabricantes de veículos e de autopeças no País. Os motores turbo que serão feitos em Betim também servirão para equipar novos modelos híbridos da Stellantis. Já para a parte elétrica do sistema, que envolve motor elétrico e bateria de alta voltagem, é mais difícil encontrar fornecedores locais. Cappellano pondera: “Queremos localizar,

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