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» EDITORIAL AutoData | Junho 2024 Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição André Barros, Caio Bednarski, Lúcia Camargo Nunes, Soraia Abreu Pedrozo Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR/divulgação Capa Foto GM/divulgação Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, bloco 5, 4º andar, sala 434, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora autodataseminarios autodataseminarios Por Pedro Kutney, editor Bemvindo ao ano do dragão Bem-vindo ao ano novo chinês regido pelo dragão, símbolo de prosperidade, em que a porção dos prósperos países dominantes do planeta Terra, Estados Unidos à frente e União Europeia logo atrás, perderam o jogo global do capitalismo para um ainda mais próspero país comunista: a China. Pois os defensores do livre mercado mundial – que só o defendem quando o fluxo de comércio é de lá para os outros – jogaram a toalha para os carros eletrificados chineses, adotando o mesmo expediente que sempre criticam quando é utilizado contra eles: a sobretaxação de veículos elétricos chineses, agora de 100% [!] nos Estados Unidos e que poderá ser de 27% a 48% na Europa. Esta nova guerra fria comercial está só começando e, agora mesmo ou em algum momento, algo vai sobrar para a periferia do mundo onde os chineses ainda podem entrar, como mostra reportagem nesta AutoData sobre a BYD, que esnobou o mercado dos Estados Unidos ao informar não haver nenhum interesse, ao menos por enquanto, em exportar seus carros para lá, ao mesmo tempo em que reforça investimentos para iniciar sua produção no Brasil e promete fábricas no México, na Hungria, na Indonésia e onde mais permitirem. A questão é como tirar proveito deste confronto em benefício da indústria brasileira, puxando para cá produção e tecnologias que não temos. Por aqui, enquanto fabricantes de veículos multinacionais também mostram preocupação com o aumento de importações de carros chineses, foi aprovado no Congresso o Mover, programa que tem a pretensão de colocar a indústria automotiva nacional pari passu com o mundo desenvolvido. Para isto já existe no Brasil uma cadeia de grandes fornecedores sistemistas – os mesmos que já estão na China e no resto do mundo – que podem dar conta de modernizar e transformar o setor, como mostra reportagem de fôlego desta edição. Se as empresas sistemistas não investirem nada acontece, de nada adiantarão os mais de R$ 100 bilhões em aportes anunciados pelos seus maiores clientes, os fabricantes de veículos. Ainda que a eletrificação dos veículos não esteja resolvendo o problema das emissões de CO2 e do aquecimento global – como mostramos em outra reportagem de fôlego desta edição – ela parece irreversível e o Brasil precisa encontrar sua posição nesta nova ordem mundial. Dá pra fazer muita coisa com o que já foi construído no País, como a fábrica da GM em São José dos Campos, SP, que de planta ameaçada, aos 65 anos, ganhou status de unidade de produção do século 21 com a digitalização de processos da Indústria 4.0, para a produção da nova picape S10 e do novo SUV Trailblazer que encabeçam uma onda de novos investimentos na unidade, como revela nossa reportagem de capa.

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