411-2024-06

46 Junho 2024 | AutoData INDÚSTRIA » FÁBRICA General Motors para que haja um futuro ali. Clayton Silva, gerente da funilaria com mais de vinte anos na manufatura da empresa, inicialmente em São José, depois em São Caetano e agora de volta para liderar a área, é testemunha do período de confrontos trabalhistas na unidade e reconhece que houve duros embates no passado, que agora não devem mais acontecer. Silva avalia que, hoje, o melhor para todos os 3,4 mil trabalhadores da unidade é garantir o futuro da fábrica por meio de resultados consistentes: “Tudo tem a ver com eficiência. Quanto melhor formos no que a gente faz maior a possibilidade de garantir novos projetos para cá. Este amadurecimento e o entendimento em conjunto, da empresa e dos colaboradores, tem garantido não só mais qualificação e produtividade mas a esperança de que continuaremos aqui”. Bom exemplo desta prática é a automação da área específica na funilaria responsável pela armação das portas. São doze robôs que passaram a ser operados pelos colaboradores que antes faziam justamente este trabalho de forma manual: “Todos receberam treinamento específico para esta operação, algo que não teriam sem os investimentos para a nova S10”. Fanucchi reforça a importância estratégica para a GM da fábrica do Vale do Paraíba, que além da vantagem logística, por estar no meio do caminho dos dois principais polos econômicos do País e de seus portos, também está próxima dos fornecedores e tem fartura de mão-de-obra qualificada: “Este é o segredo do sucesso. Temos uma tremenda qualidade de técnicos e engenheiros de manufatura e produção”. PRODUÇÃO CUIDADOSA De fato a mão-de-obra altamente especializada é um ativo da fábrica sexagenária. E na produção dos motores diesel que equipam S10 e Trailblazer este é um atributo importante. Em um ambiente com temperatura e pressão controladas para evitar que micropartículas, como um fio de cabelo, contaminem as câmaras do bloco, as inspeções de qualidade feitas recorrentemente pelos operadores passam a ser vitais para a qualidade. Desde a entrada do bloco e do cabeçote em linhas paralelas, que se unem adiante, são duas horas e meia até um motor estar completamente montado. O ritmo atual é de capacidade máxima com até 24 motores montados por hora. Caminhando pelas linhas com Anderson Nunes, gerente responsável pela linha de motores diesel, percebe-se que os testes e verificações ao longo do processo são os momentos mais importantes: “Montamos as válvulas, os retentores, mas boa parte da produção é automatizada. E a fase mais importante, na verdade, é a verificação que é feita o tempo todo”. A área da pintura é a unidade que receberá a maior atenção a partir de agora no caminho de modernização de seus processos. Ainda não utiliza tintas à base de água mas também recebeu algumas atualizações para o projeto da nova S10. São cinco camadas de proteção e tintas até a pintura estar concluída e nesse processo são utilizadas três grandes estufas. A primeira grande reforma da área, em 2022 e 2023, foi para aumentar o tamanho da estufa, e agora as melhorias seguem com a adoção de controladores eletrônicos de todo o processo. Segundo Fanucchi há dificuldades para automatizar a pintura por causa da velha

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=