411-2024-06

45 AutoData | Junho 2024 com mais otimismo. Atualmente o terreno de 270 hectares abriga seis unidades que produzem boa parte dos itens necessários à montagem da picape S10 e de seu SUV derivado Trailblazer, incluindo aí todas as peças estampadas de aço, os motores a diesel e as partes de plástico. Há ainda uma linha que produz o velho motor 1.8 do recém-renovado SUV Spin além de todas as transmissões manuais utilizadas nos veículos GM no Brasil e uma estamparia para peças de modelos fora de linha. Para muito além disto tudo existe um imenso potencial, tanto em estrutura quanto em pessoal especializado a ser aproveitado: “Com a transição de novos produtos sendo pensada globalmente haverá investimentos nas fábricas. Investimentos em novos serviços, novas tecnologias. Em breve [ainda este ano] teremos novidades para esta unidade tanto em produtos quanto nestas outras frentes. Estou confiante que também temos condição de fazer parte do futuro da GM no Brasil”, endossa Ricardo Fanucchi, diretor industrial do complexo de São José dos Campos e, também, da fábrica de motores em Joinville, SC. JORNADA DE AUTOMAÇÃO Em todas as seis linhas de produção do complexo do Vale do Paraíba o investimento em automação é algo que chama a atenção durante a visita de AutoData a algumas dessas unidades, como a linha final de produção da S10 e do Trailblazer, a fábrica dos motores diesel, a área de pintura e até uma nova estação destinada à montagem e à calibração das rodas e pneus, 100% automatizada. Fanucchi conta: “Estamos em uma jornada de manufatura 4.0 para a produção. Atualmente temos 85% de automação no complexo. Na próxima parada obrigatória, em dezembro e janeiro, faremos um incremento nos processos de automação que elevará este índice para 90%. E já temos investimentos aprovados para iniciar em 2025 e atingirmos 95% em 2026”. Até agora a GM utilizou o ciclo de investimentos de R$ 10 bilhões – anunciado em 2021 e destinado apenas às fábricas do Estado de São Paulo – para elevar a automação, que era de 60%, para o nível atual. Por exemplo: atualizou diversas células da funilaria, muitas das quais utilizavam processos manuais que agora são feitos por robôs. Uma prensa que estava na fábrica de São Caetano do Sul, SP, foi transferida para São José. Com a reforma e instalação do equipamento, que termina em julho, a fábrica aumentará sua capacidade de produzir novos componentes de aço estampado. Para o projeto da recém-lançada S10 a montagem das rodas foi totalmente automatizada, em um exemplo de ganho de eficiência para um processo complexo que envolve atrelar o pneu à roda, instalar sensores de pressão, calibrar e fazer o balanceamento. Segundo Fanucchi a imposição de maior produtividade e qualidade motivou esta e outras mudanças: “E ainda teremos mais investimentos aqui para continuar melhorando”. O início da produção da nova geração da S10 pode ser considerado o início da nova fase de São José. Houve, de acordo com Fanucchi, amadurecimento das relações trabalhistas que motivam a evolução projetada para os próximos anos. RELAÇÃO TRABALHISTA Durante a visita às unidades de produção, conversando com os líderes de cada área, o entendimento é de que é preciso caminhar em conjunto com os planos da

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=