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42 Junho 2024 | AutoData INDÚSTRIA » SISTEMISTAS colocamos peças que são realmente remanufaturadas, e não recondicionadas, de volta ao mercado”. CONTINENTAL INVESTE EM PESADOS A Continental já está habilitada com projetos no Mover com foco nos desenvolvimentos de engenharia para o mercado local. O programa também pode incentivar a localização de produtos. Ricardo Rodrigues, diretor da área de negócios de veículos comerciais e aftermarket da empresa, diz que há uma maior facilidade disto ocorrer no segmento de pesados porque os componentes de veículos leves sofrem maior concorrência de produtos mexicanos. “As montadoras de veículos pesados têm muito poder de decisão aqui, porque o mercado brasileiro é mais relevante para os respectivos headquarters. Desde 2019 a Continental já tem o movimento de localizar produtos.” O Mover traz benefícios na engenharia e nos ativos para a produção de novas tecnologias, segundo Rodrigues: “Tenho quatro grandes negócios em discussão com montadoras para localização e são tecnologias que nós ainda não produzimos no Brasil. Eles não necessariamente estão ligados à descarbonização, mas podem estar. Talvez não na totalidade dos investimentos mas boa parte das despesas de direta de combustível brasileiro e outros sistemas dedicados à hibridização, como bombas de combustível, o próprio GDI ou injetores múltiplos, como antecipa Amaury Oliveira, vice-presidente de aftermarket da Phinia para a América do Sul: “Se ganharmos 70% desta demanda que vier talvez a fábrica [de Piracicaba, SP] dobre de tamanho nos próximos três anos”. A localização interessa para o fornecimento do mercado interno e, também, para exportar ao mercado independente de reposição e reparação, pois Piracicaba é uma fábrica base para exportação: “Hoje exportamos para diversos países e para o mercado de reposição do Mercosul, e o certificado de origem é uma coisa muito importante, nos coloca numa situação muito mais competitiva. Então existe, sim, o interesse em localizar cada vez mais produtos”. A produção de sensores de oxigênio, por exemplo, é dedicada ao mercado interno e muito mais para o externo, incluindo Europa e Estados Unidos. A Phinia também se interessa pela remanufatura de produtos, que está dentro dos pilares de reciclabilidade do Mover, atuando na coleta e gerenciamento das peças: “Já fazemos isto há quatro anos e agora estamos tentando fazer parcerias com as montadoras para gerenciar e ter controle na economia circular. E assim Divulgação/BorgWarner Divulgação/Phinia Linha de produção da BorgWarner em Itatiba: dificuldade em encontrar fornecedores locais. Phinia em Piracicaba: demanda por injetores pode dobrar tamanho da fábrica.

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