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39 AutoData | Junho 2024 da Bosch no mundo, especialmente para itens de média e baixa escala, que são grandes volumes para os padrões latino- -americanos. Isto aconteceu graças a ganhos internos de produtividade, cortes de custos e também pela melhoria das condições econômicas do País”. Após investir quase R$ 1 bilhão nas operações brasileiras no ano passado a Bosch reservou mais R$ 1 bilhão para 2024, que serão aplicados em modernização de linhas de produção, digitalização, pesquisa e desenvolvimento, novas linhas de produtos e revitalização das existentes. A empresa já habilitou projetos para receber incentivos do Mover e está envolvida diretamente no desenvolvimento de sistemas de propulsão híbridos flex, fechados e plug-in, que as maiores fabricantes de veículos no País lançarão nos próximos dois a três anos: “Este, sem dúvida, é um dos grandes focos de nossa equipe de engenharia do País nos próximos anos”. Também está na lista de nacionalizações a produção de câmaras para sistema de frenagem automática de emergência que opera sem radar e a montagem das placas do sistema eletrônico estabilidade, o ESP. A Bosch tem forte atuação na área de desenvolvimento de tecnologias automotivas, tanto para adaptar sistemas que as montadoras trazem de fora como para propor inovações, como foi o caso, ainda em 1992, do sistema flex bicombustível etanol-gasolina. A empresa emprega hoje 530 pessoas dedicadas a projetos de pesquisa e desenvolvimento no Brasil e quase 1 mil colaboradores trabalham diretamente com produtos e serviços de digitalização. “A inovação está no DNA da empresa, que investe anualmente 8% de seu faturamento global [de € 91,6 bilhões em 2023] em pesquisa e desenvolvimento e aqui no Brasil fazemos o mesmo”, afirma Perez. “Não somos fornecedores de commodities, nós desenvolvemos tecnologias.” ZF ESTUDA BENEFÍCIOS A gigante ZF ainda estuda sua habilitação ao Mover mas o presidente para América do Sul, Carlos Delich, acredita que o programa ajudará toda a indústria automotiva e seus clientes. Ele não prevê aumento para 4 milhões de veículos vendidos por ano na América do Sul em pouco tempo, mas em um aumento tecnológico nos produtos. “O objetivo desse programa são os créditos financeiros para compensar investimentos em inovações e redução de dióxido de carbono. Nossa equipe, aqui, está calculando os números para ver se entraremos ou não no programa, mas é muito positivo.” Divulgação/ZF Divulgação/ZF Linha de sistemas eletrônicos da ZF em Limeira: montagem automatizada de módulos. Produção de direção elétrica da ZF em Limeira: nacionalização crescente.

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