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38 Junho 2024 | AutoData INDÚSTRIA » SISTEMISTAS duz desde 2021 em Betim, MG, servirão também para os sistemas híbridos elétricos que o grupo desenvolve no País. A localização vem junto com a evolução tecnológica que a Stellantis está desenvolvendo com a hibridização de powertrain flex, bicombustível etanol-gasolina, que deve ser lançada comercialmente nos próximos meses. Com a exclusividade desta nacionalização a Marelli acredita que a tecnologia abre portas para outras montadoras, conta Nani: “Nosso cliente, para ter uma vantagem competitiva, pedirá a exclusão do ex-tarifário [imposto de importação reduzido de 2% para produtos sem fabricação local] desses componentes, então isto gerará uma demanda natural do mercado pela localização”. O sensor de etanol, que mede a temperatura e a mistura de combustível em tempo real, também entra nesta lista, com a chegada da nova norma de emissões Proconve L8, em janeiro de 2025. O componente está sendo desenvolvido pela Marelli em Hortolândia, SP, com demanda interna e externa – em função de mercados como Estados Unidos e Índia que estão aumentando o uso do biocombustível. Em conectividade a Marelli tem hoje o processo de uma nova linha de displays vinda da América do Norte para ser localizada e desenvolvida, com benefícios para a engenharia local da empresa. Outro sistema a ser nacionalizado é o módulo de interação do veículo, lembra Cassius Marcelus Lucente, líder da divisão Electronic Systems da Marelli no Brasil: “É uma tecnologia que a gente não tinha, uma proposta de transferência tecnológica de outra região para cá e trazendo ganhos em desempenho, beneficiando nossos clientes, porque eles também entram com esse conteúdo de produção local como benefício do produto final para o veículo”. Este componente da central de infoentretenimento é um desenvolvimento novo da Marelli em quatro regiões simultâneas: China, Índia, Brasil e Europa, para ser vendido em diversos mercados no mundo. Pela primeira vez a subsidiária brasileira consegue localizar o dispositivo que atualmente é importado por todas as montadoras – e que pode também ser exportado e beneficiado por incentivos do Mover. BOSCH DESENVOLVE TECNOLOGIAS Empresa que nasceu junto com a invenção do automóvel há mais de 130 anos em Stuttgart, Alemanha, a Bosch também participou do nascimento e do desenvolvimento da indústria automotiva no Brasil, onde já está há 70 anos. Tanto aqui como no mundo é a maior fornecedora de sistemas automotivos. É tão grande ou maior do que do que alguns fabricantes de veículos leves e pesados – e quase todos são clientes, inclusive algumas montadoras chinesas que estão chegando agora ao País, como a BYD, que já são clientes na China. Só no Brasil a sistemista tem cinco fábricas em três estados, emprega 10 mil pessoas, tem mais de 2,5 mil fornecedores e faturou, em 2023, R$ 9,8 bilhões na América Latina: o mercado brasileiro representou 79% das receitas, ou R$ 7,9 bilhões, incluindo as exportações que responderam por 23% das vendas. Segundo Gastón Diaz Perez, presidente da Robert Bosch América Latina, após colecionar resultados deficitários por muitas décadas na região, desde 2015 o balanço virou para o lado positivo: “Somos hoje a terceira operação mais competitiva Divulgação/Bosch Linha de produção de módulos eletrônicos da Bosch em Campinas: mais investimentos em localização.

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