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32 Junho 2024 | AutoData DESCARBONIZAÇÃO » TENDÊNCIAS de que haverá perdas tanto por parte do consumidor como para as empresas que oferecem o leasing. POLÍTICA ELETRIFICADA Diante de tantas incertezas e dificuldades para incentivar a utilização de um carro elétrico as vendas começam a cair nos Estados Unidos. Em 2023 as vendas destes modelos pela primeira ficaram próximas de 10% do mercado. Mas no acumulado de janeiro a abril de 2024, a participação recuou para 8%, segundo a Jato Dynamics. Para piorar a política invadiu a discussão sobre a eletrificação. Agora quem prefere carro elétrico é classificado como democrata radical ou de esquerda nos Estados Unidos. A campanha do candidato à presidência recém considerado culpado Donald Trump afirma que o carro elétrico vai destruir a indústria automotiva estadunidense. Eleitores de Trump dizem que a esquerda quer empurrar os elétricos, que são contra os valores tradicionais do país. Do outro lado do espectro político potenciais eleitores democratas não querem mais os carros elétricos da Tesla por causa das posições políticas controversas de Elon Musk. “Como uma montadora consegue fazer planejamento e investimentos considerando uma mudança de rota do governo dependendo de quem vencer as próximas eleições?”, indaga Amorim. Além disto a China apresentou uma queixa à OMC, Organização Mundial do Comércio, questionando as regras do IRA para subsídios a carros elétricos. Diz o comunicado que “são discriminatórias e distorcem gravemente a cadeia de abastecimento global de veículos elétricos”. CRESCIMENTO CONTURBADO Mesmo diante do cenário global diverso e conturbado em quase todas as regiões a expectativa da Allianz Trade, que opera na área de seguro e crédito comercial, é de que o mercado de veículos elétricos mantenha uma posição “relativamente favorável” com mais de 18 milhões de unidades comercializadas no planeta em 2024, crescimento de 32,8% sobre o ano anterior. Os economistas da Allianz concordam que o caminho é turbulento e “moldado por tensões geopolíticas, demanda desacelerada e incertezas regulatórias”. Ainda assim projeta-se que a transformação pela qual a indústria automotiva vem passando na transição para a eletrificação veio para ficar. No curto prazo há muita incerteza, o que se refletirá em queda de 18,7% nas margens brutas dos fabricantes, retração de 28 pontos porcentuais, e de 5,2% nas receitas, ou menos 164 pontos porcentuais, segundo o estudo da Allianz. Outro dado importante é o aumento de investimento em pesquisa e desenvolvimento e despesas para realizar as vendas dos produtos. Nesse sentido o estudo aponta para a tendência de as fabricantes diversificarem seus investimentos em melhoria dos motores a combustão interna, em modelos híbridos e, também, em tecnologias de propulsão 100% elétricas. As cenas dos próximos capítulos da eletrificação responderão a algumas questões essenciais: as marcas chinesas dominarão o mercado global? E a eletrificação da mobilidade será mesmo a aposta certa para atingir as metas de conter a elevação da temperatura do planeta em até 1,5 grau Celsius até 2050? Senhores, refaçam suas apostas. Divulgação/Ford

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