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14 FROM THE TOP » FERNANDO DE RIZZO, TUPY Junho 2024 | AutoData que fazem parte de cadeias globais de valor, mas a Tupy é uma delas. Qualquer máquina, de construção ou agrícola ou caminhão dos nossos clientes não é fabricado se o nosso componente não for entregue diariamente nas suas fábricas na Alemanha, na Suécia, Itália, França, Espanha ou nos Estados Unidos, no México, Canadá e Japão. Qual é a participação dos mercados externos nas receitas da Tupy? Temos hoje 15 mil empregos no Brasil e 70% deles dependem da exportação, de nossa capacidade competitiva. Somos o terceiro maior exportador de autopeças do País e o maior contribuinte da balança comercial do setor desde 2005. Existem empresas que exportam mais, mas também importam mais. Como praticamente não importamos nada temos o maior saldo positivo. Hoje 50% das nossas receitas são geradas na América do Norte, em torno de 20% na Europa, 26% na América do Sul e outros 4% na Ásia. Nós mantemos exportações para o Japão, China, e Índia de produtos que entregamos diariamente nas fábricas de motores deles. A Tupy fez aquisições de peso em curto período. Em 2021 comprou da Stellantis a operação de fundição de ferro da Teksid no Brasil e em Portugal, por € 67,5 milhões. Em 2022 comprou da Navistar a MWM, por R$ 865 milhões. Quanto essas operações já representam? Hoje 35% das nossas receitas são compostas por empresas que foram integradas à Tupy nos últimos anos, Teksid e MWM. Agora capturaremos as sinergias dessas aquisições, ainda temos muita duplicação de atividades: temos usinagem na fábrica de Joinville [SC], em São Paulo na MWM e no México. Estamos alocando produtos nas fábricas mais eficientes para eles, seja no Brasil [Joinville, São Paulo e Betim], no México [Saltillo e Ramos Arispe] ou em Portugal [Aveiro]. O objetivo é reduzir o capex [investimento em maquinário] e baixar o custo total. Acreditamos que vamos crescer por esse desenvolvimento orgânico de negócios, capturando os benefícios das sinergias. A nossa agenda está focada nesses negócios e outras frentes que devem se tornar muito importantes para a Tupy nos próximos cinco a dez anos, como reciclagem de baterias de lítio ou bioplantas para uso de biometano. Como a Tupy continuará agregando valor aos seus produtos? Somos parceiros dos principais fabricantes [de veículos pesados]. Nós podemos industrializar parte do que eles projetam. Com a MWM a intenção não é desenvolver motores, mas fazer todo o processo de fabricação e prestar este serviço aos clientes, para os quais já vendemos blocos e cabeçote brutos. Quando exportamos um contêiner nosso hoje vale de US$ 50 mil a US$ 60 mil. Se usinar e mandar para a montagem final do cliente o bloco e cabeçote com os componentes principais de metal já montados e testados esse mesmo contêiner pode ter o valor multiplicado por dez. Nossa proposição de valor é diferente porque nenhuma fundição avança tanto na cadeia como nós fazemos e ninguém está prestando este serviço a essas montadoras. Vemos que a maior parte dos motores utilizados em máquinas agrícolas e de construção vendidas no Brasil são importados,

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